Avaliação objetiva das forças axiais produzidas pela língua de crianças respiradoras orais

Abstract

OBJETIVO: Quantificar e comparar as forças produzidas pela língua de crianças respiradoras orais pré-cirúrgicas, respiradoras orais em tratamento fonoaudiológico e respiradoras nasais, além de comparar os achados da avaliação objetiva com os dados da avaliação clínica. MÉTODOS: Estudo transversal com 15 crianças, de ambos os gêneros, com idades entre oito e 12 anos, sendo cinco respiradoras orais pré-cirúrgicas (Grupo 1), cinco respiradoras orais em tratamento fonoaudiológico (Grupo 2) e cinco respiradoras nasais (Grupo 3). Foi realizada uma avaliação clínica das características linguais das crianças e, em seguida, uma avaliação objetiva da força axial da língua por meio de equipamento desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais. Os resultados foram analisados de forma descritiva por meio das medidas de tendência central e dispersão. RESULTADOS: A média dos valores das forças médias encontrada nos Grupos 1, 2 e 3, respectivamente, foi de 5,6, 6,0 e 7,3N. Já a média dos valores de força máxima foi de 8,2, 9,2 e 10,4N. Obtiveram os maiores valores de força média (7,0N) e máxima (10,3N) os indivíduos que apresentaram tensão adequada de língua na avaliação clínica e os valores mais baixos (3,5N e 2,0N) aqueles cuja avaliação subjetiva indicou hipotensão lingual. A análise estatística indicou dados heterogêneos nos Grupos 1 e 2, tendendo a homogêneos no Grupo 1. CONCLUSÕES: A média das forças foi maior nos indivíduos respiradores nasais, seguidos pelos respiradores orais em tratamento fonoaudiológico e, por fim, os respiradores orais pré-cirúrgicos. Houve concordância entre os resultados das avaliações objetiva e clínica.

Influência de altura, peso e índice de massa corporal na força axial da língua

“…Regarding the tonus of the tongue, which was classified as normal or reduced through clinical evaluation, it was possible to observe that the mean values of the groups showed no differences for all variables of force. The concordance between the findings of the clinical and instrumental evaluations of tongue force has been demonstrated in studies that used FORLING for both mean and maximum forces (21,28) , suggesting that the method used in the research would be effective in the clinical application and could be used to complement the diagnosis of alterations of tongue force. However, one study (21) investigated extreme groups: individuals with normal tongue tonus and individuals with serious reduction of tongue tonus.…”

“…However, one study (21) investigated extreme groups: individuals with normal tongue tonus and individuals with serious reduction of tongue tonus. But in another one (28) it was not performed statistical analysis to check this aspect. Further research with larger samples and independent evaluators are needed to verify how the instrumental assessment of tongue strength is able to classify individuals according to the presence of alteration of lingual tonus.…”

“…The evaluation was performed using FORLING, an instrument developed by the Group of Biomechanics Engineering, Universidade Federal de Minas Gerais (7)(8)(9)(10)28) . The evaluation was performed with the person seated with supported back and feet, and hands resting on the base of the equipment.…”

Perfil da fala do respirador oral

“…Foram encontrados estudos relacionados ao respirador oral como: tipos de respirador oral 22 , estudos cefalométricos 25 , alterações craniofaciais 26 , periodontais 27 , faciais 22,28 , comportamentais 28 , posturais 14,29 , dos órgãos fonoarticulató-rios 30 , da força de língua 31 , do estado nutricional 32 , dos problemas de aprendizagem em crianças com obstrução das vias aéreas superiores associados às dificuldades de atenção 20 , correlação de problemas posturais com a aprendizagem 13 , associação da respiração oral com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 33 . Constatou-se escassez na literatura nacional dos últimos 10 anos sobre a fala dos respiradores orais.…”

Condição de saúde bucal em colaboradores de empresas da cidade e região de Bauru-SP

“…Porém, há casos em que essa relação se inverte, havendo uma predominância da respiração oral, com pouca atuação da respiração nasal, seja por causas obstrutivas, como hipertrofia das tonsilas palatinas, ou causas não obstrutivas, como alterações na tensão e postura dos músculos orofaciais, edema transitório da mucosa nasal, entre outros fatores (HENNING et al, 2009;BERWIG;SILVA, 2011). As adaptações do complexo orofacial decorrentes da instalação da respiração oral podem ser de alterações na morfologia orofacial, como modificações ocorridas no formato do palato duro, ou alterações nas funções do sistema estomatognático, comprometendo o normal funcionamento dessas estruturas (PERILO et al, 2007).…”