2008
DOI: 10.1590/s1516-18462008000100006
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A clínica fonoaudiológica e a linguagem escrita: estudo de caso

Abstract: RESUMOObjetivo: partindo do pressuposto que a atividade lingüística é constitutiva do sujeito, esse trabalho busca discutir o processo de apropriação da escrita, na clínica de linguagem, a partir da relação que o aprendiz estabelece com o outro, fonoaudiólogo. Métodos: foi analisado longitudinalmente o caso de um sujeito dito portador de distúrbio de leitura e escrita, o qual antes de submeter-se a avaliação fonoaudiológica apresentava produções escritas distantes da convenção ortográfi ca. Resultados: a terap… Show more

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“…Os adolescentes atribuem às dúvidas quanto aos aspectos ortográficos da língua, a dificuldades ligadas à inteligência, ao comportamento, à percepção ou à memória. A restrição de tais formulações devese à crença de que o problema está relacionado a alguma falha pessoal, eles consideram o erro como um problema individual, fruto de uma inabilidade, de um distúrbio ou de uma deficiência intrínseca 2,3 , desconsiderando assim as condições materiais e subjetivas que participam de forma decisiva no processo de apropriação da linguagem escrita, inclusive da ortografia 14,15 .…”
Section: Discussionunclassified
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“…Os adolescentes atribuem às dúvidas quanto aos aspectos ortográficos da língua, a dificuldades ligadas à inteligência, ao comportamento, à percepção ou à memória. A restrição de tais formulações devese à crença de que o problema está relacionado a alguma falha pessoal, eles consideram o erro como um problema individual, fruto de uma inabilidade, de um distúrbio ou de uma deficiência intrínseca 2,3 , desconsiderando assim as condições materiais e subjetivas que participam de forma decisiva no processo de apropriação da linguagem escrita, inclusive da ortografia 14,15 .…”
Section: Discussionunclassified
“…Contrapondo essa visão, hegemonicamente, veiculada no contexto educacional, coube à terapeuta oferecer elementos e experiências que permitissem aos adolescentes compreender que manifestações ortográficas fora do padrão fazem parte do processo de apropriação da escrita e que a manutenção das mesmas evidencia limitações no processo de ensino-aprendizagem (episódio II, turnos 5, 13, 18 e 19 e episódio III, turnos 4, 6 e 8). Gradativamente os adolescentes passaram a considerar que hipóteses sobre a escrita, mesmo que fora do padrão, não revelam uma falta de conhecimento, pelo contrário, revelam elaborações, associações, enfim, a construção do conhecimento acerca da escrita 2,3,14,15 .…”
Section: Discussionunclassified
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“…A partir de tal perspectiva, produções escritas fora do padrão normativo da língua portuguesa, elaboradas por sujeitos que estão em processo de apropriação da leitura e escrita, vêm sendo consideradas como indícios de supostos distúr-bios relacionados às habilidades de codificação e decodificação dessa modalidade de linguagem. Ocorrências ortográficas que apresentam trocas, omissões, acréscimos de letras e segmentações indevidas são, tradicionalmente, associadas a quadros diagnósticos denominados, por abordagens organicistas, de dislexia, disortografia; distúrbio de aprendizagem, distúrbio de processamento auditivo (DPA), déficit de atenção; hiperatividade 2,6 , dificuldade de leitura e escrita e, mais recentemente, de Síndrome de Irlen.…”
Section: Introductionunclassified
“…Specifically concerning the orthography domain, two main trends can be observed in those investigations: on one hand, studies that turn to orthographic productions which are deviant from the conventional writing system, and so are dealt with as a manifestation of writing pathologies (12,13) ; on the other hand, there are studies that defend social factors as determining facts for the conditions of writing domain, based upon the idea that spelling mistakes reflect strategies that the child uses for appropriating the language (9,11,14) .…”
Section: Introductionmentioning
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