A infecção tuberculosa e o tempo de prisão da população carcerária dos Distritos Policiais da zona oeste da cidade de São Paulo

Abstract

INTRODUÇÃO: A tuberculose sempre foi um grave problema de saúde para grupos de pessoas confinadas, especialmente em presídios, devido à sua transmissão respiratória. OBJETIVO: Verificar a associação entre o tempo de prisão e a taxa de infecção tuberculosa na população carcerária dos Distritos Policiais da zona oeste da cidade de São Paulo. METODOLOGIA:Foi realizado um estudo observacional, no período de março de 2000 a maio de 2001, com a aplicação de um inquérito individual e da prova tuberculínica (PPD-RT23 - 2UT/0.1ml) nos detentos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Do total de 1.052 presos entrevistados, 932 concordaram em fazer a prova tuberculínica e, destes, 64,5% estavam infectados. Para as análises, os detentos foram classificados como primários e reincidentes e como não reatores e reatores à prova tuberculínica, segundo o tempo de prisão. Entre os 134 detentos primários que estavam presos há menos de 60 dias, 40,3% foram reatores ao PPD e dos 53 com mais de 366 dias de prisão a percentagem de reatores foi de 62,3%. Entre os 146 detentos reincidentes presos há menos de 60 dias, 72,6% foram reatores ao PPD e dos 25 com mais de 366 dias de prisão, 100,0% estava infectado. Em todos os períodos de permanência na prisão, os detentos reincidentes tiveram maior percentagem de infecção tuberculosa do que os detentos primários. A associação entre tempo de prisão e reatividade ao PPD foi confirmada pelo Teste de Tendência (p<0.001) do programa Epi-Info-6. CONCLUSÕES:Quanto maior o tempo de prisão, maior a taxa de infecção tuberculosa. Detentos reincidentes são um risco de infecção para os detentos primários.

Mycobacterium tuberculosis in a HIV‐1‐infected population from Southeastern Brazil in the HAART era

“…Sã o José do Rio Preto city (population 400 000) is one of the 12 cities with higher coefficients of TB ⁄ HIV cases (CVE 2006) in Sã o Paulo State and occupies the fifth place in AIDS incidence (CVE 2008 Matos et al 2004;Silveira et al 2006). As expected, the positive association between prison record and MT isolation (28.3%) found in this study was greater than that previously published (6.3%) for a TB ⁄ HIV-coinfected population from Rio Grande do Sul, Extreme South of Brazil (Mattos et al 2006 as the incidence index of the prison population in São Paulo State is 17.8 times higher than that of the general population (Nogueira & Abrahã o 2009). In 1996, Brazil took the pioneering decision to provide free HAART to all individuals with AIDS, which greatly contributed to increasing the survival of this population (Arruda et al 2004;Goldberg et al 2005).…”

“…2006). This is not surprising as the incidence index of the prison population in São Paulo State is 17.8 times higher than that of the general population (Nogueira & Abrahão 2009).…”

Dental Caries Experience and Use of Dental Services among Brazilian Prisoners

“…Given the precarious conditions of confinement, the Brazilian prison population is vulnerable to numerous diseases [1], and several studies have sought to identify the main factors associated with diseases that affect this population [2,3,4,5]. However, studies of oral health have been few, and little is known about the oral health status of prisoners in Brazil, although in general, it appears poor [6].…”

Epidemiological aspects of pulmonary tuberculosis in Mato Grosso do Sul, Brazil

“…These differences in incidence rates originate in different causes. As for the inmates, in which was found a relative risk of 25.2 (95%CI 22.3 -28.5) compared to the general population of the state of Mato Grosso do Sul, it is known that confinement favors the transmission and maintenance of TB [16][17][18] . Indeed, overcrowding, poor ventilation and poor standards of hygiene and cleanliness put inmates in conditions of high risk for TB.…”