O presente artigo parte da ideia de que os modos de trabalhar têm implicações diretas na constituição do sujeito, e constitui-se de um relato de experiência referente a uma atividade fotográfica desenvolvida em disciplina de um Programa de Pós-Graduação em Administração. Objetiva refletir sobre o uso da fotografia como potencializador da compreensão teórica em Administração. Aproxima-se, assim, do conceito de autoetnografia de Jones (2005) que busca tecer conexões entre vida e arte, experiência e teoria. O artigo apresenta um panorama teórico sobre “fotografia” e “trabalho, gestão e subjetividade”, que embasou as atividades realizadas na disciplina. Desenvolvemos reflexões a partir de duas narrativas a respeito da vivência desafiadora de fotografar práticas de trabalho e de gestão no cotidiano. Discutimos acerca dos modos de estudar, considerando os múltiplos papéis a que são desafiados os integrantes de pós-graduação nos contextos de ensino-aprendizagem, pesquisa e extensão. Argumentamos em favor da interação da arte com a produção científica, por entender que a experiência levou à qualificação do olhar e, assim, possibilitou novas formas de apreensão da teoria em campo.