Teoria administrativa e pragmática da linguagem: perspectivas para problemas que afligem as relações entre acadêmicos e consultores, educadores e educandos

Abstract

Este ensaio busca uma interpretação conceitual que ajude a entender melhor as diferenças entre a produção acadêmica e a chamada literatura do mercado de consultoria em administração. Seu foco é teoria administrativa como linguagem. O desenvolvimento do tema acaba levando a outra questão fundamental: o uso de teoria administrativa nas escolas e situações de treinamento. A interpretação conceitual é encontrada no campo da análise pragmática do discurso, na forma não empírica como procede a filosofia da linguagem. O pensamento de Wittgenstein ocupa o centro da estrutura argumentativa do artigo e se faz completar por outros autores, como ele, hoje, amplamente referidos. A reviravolta pragmática (formular a compreensão a partir da ação lingüística e não de objetos conceptualizados) parece não ter chegado bem à discussão acadêmica sobre administração e gerência, paradoxalmente instâncias de ação. Em sua parte final, o texto faz reflexões aplicadas e apenas introdutórias sobre pontos onde afloram, mais preocupantes, os problemas de início referidos.

ANTi-History e a Pesquisa em Administração: reflexões iniciais

“…A profícua aproximação entre Administração e História A área de Administração vem abrindo, pouco a pouco, cada vez mais espaço para pesquisas qualitativas baseadas em procedimentos metodológicos interpretativos de outras áreas do conhecimento, como a sociologia (SERVA e ANDION, 2006), a pragmática da linguagem (MATTOS, 2003; OLIVEIRA e BULGACOV, 2013) ou com a psicologia (ANDRADE, TOLFO e DELLAGNELO, 2012;COSTA, SANTOS e AGUIAR, 2015). Esse é o caso das pesquisas que envolvem a utilização do método histórico em seus processos de coleta e análise de dados (KIPPING et al, 2014;YATES, 2014;ROWLINSON, HASSARD e DECKER, 2014).…”

Análise de conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da administração: potencial e desafios

“…No entanto, cabe salientar que não se tem como proposta a discussão da técnica em si, o que já foi realizado por muitos autores internacionais (Clegg, Hardy, & Nord, 2001;Denzin & Lincoln, 2000) e nacionais (Godoi, Bandeirade-Melo, & Silva, 2006;Mattos, 2001Mattos, , 2006Vergara, 2003). Pretende-se sim, trabalhar os desafios que tal técnica ainda apresenta ao ser trabalhada em perspectiva mais ampla, para além da influência positivista.…”

Implementação de Estratégias: Barreiras e Facilitadores Evidenciados na Literatura Brasileira Especializada

“…An organization's success or failure cannot be attributed only to its models, theories or techniques per se, but to the use to which these are put, i.e., to how they are implemented in practice. Just like a rule, in its open formulations, has several specific qualifications (GIDDENS, 2003) while the meaning of a word is only understood when it is used as part of a language (WITTGENSTEIN, 1994;MARCONDES, 1997;MATTOS, 2003;AMÂNCIO and GONÇALVES, 2007), so a strategy model is better understood based on the social practice that it conditions, given that it undertakes a certain specificity in each organization that uses it and can only be understood Though there has been significant progress in the strategy theories that deal with formulation and implementation as a single process (MINTZBERG, AHLSTRAND and LAMPEL, 2000), the international literature provides evidence that most of the strategies succumb during implementation, regardless of formulation quality (WALDERSSE and SHEATER, 1996;ALLIO, 2005;SCHAAP, 2006). Mariotto (2003) shows that not only the intentional strategies should be implemented, but also the emerging strategies , for strategic behavior to be effective.…”