Características cefalométricas do Padrão Face Longa: considerando o dimorfismo sexual

Abstract

OBJETIVO: o presente estudo avaliou a hipótese de variação das características cefalométricas de acordo com o gênero para portadores de Padrão Face Longa. METODOLOGIA: foi analisado um total de 73 telerradiografias em norma lateral, sendo 34 Padrão Face Longa e 39 Padrão I (grupo controle), selecionadas com base na morfologia facial, sem considerar as relações oclusais. Foram avaliados: padrão de crescimento facial, alturas faciais anteriores e posterior, relação maxilomandibular, além das relações dentárias com suas bases apicais. RESULTADOS: o grupo controle (Padrão I) apresentou dimorfismo (p<0,001) no comprimento efetivo da maxila e da mandíbula, além das alturas faciais avaliadas. Foram significantes também (p<0,05) as proporções entre as alturas faciais e as distâncias entre os incisivos e molares em relação aos planos palatino e mandibular. Para os portadores de Padrão Face Longa, as mesmas variáveis cefalométricas não mostraram diferenças significantes entre os gêneros (p>0,05), exceto os comprimentos efetivos da maxila e da mandíbula, além da altura facial anterior inferior e posterior (p<0,05). CONCLUSÕES: concluiu-se que enquanto ocorreu dimorfismo nos indivíduos Padrão I, para as estruturas influenciadas pela diferença no tamanho esquelético entre os gêneros, isso não aconteceu nos portadores de Padrão Face Longa. Essa maior similaridade entre os gêneros provavelmente ocorreu porque a deformidade, mais grave no gênero feminino, foi suficiente para anular o menor tamanho esquelético esperado para estes indivíduos.

Estudo cefalométrico dos efeitos do tratamento ortodôntico sem e com extrações nas estruturas dentoesqueléticas e tegumentares em dolicofaciais

“…et al, 1990) e também devido a tendência da maxila se tornar menos protruída em relação com outros ossos da face (SUBTELNY, 1961). No estudo realizado por Capelozza et al (2007), houve predominância de similaridade para grandezas lineares e angulares dos indivíduos dos gêneros feminino e masculino padrão face longa, revelando que a deformidade foi mais grave no gênero feminino.…”

Avaliação tridimensional das alterações do posicionamento dentário e da morfologia radicular após micro-osteoperfurações durante o tratamento não cirúrgico do sorriso gengival com mini-implantes: um ensaio clínico randomizado

“…Geralmente manifesta-se precocemente, mantendo-se como padrão ao longo de todo o processo de crescimento e desenvolvimento, podendo ou não ter suas características acentuadas com o passar da idade. Esse desequilíbrio vertical pode estar associado às más oclusões de Classe I, Classe II e Classe III, contudo é mais comumente observado nos pacientes portadores da má oclusão de Classe II, sendo incidente em aproximadamente 1,5% da população mundial (Cardoso et al, 2002;Capelozza et al, 2007;Posnick et al, 2018).…”

“…Capelozza et al (2007), Padrão Face Longa será todo indivíduo que apresentar excesso do terço inferior da face que torne o vedamento labial ou a relação labial normal impossível. Apesar da grande quantidade e variação de achados tegumentares, cefalométricos e dentários característicos dessa condição, o excesso vertical da maxila é uma característica recorrente, cuja expressão clínica mais significativa é o sorriso gengival.…”

Conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre a abordagem full face em odontologia

“…(13,19,28,30,32,36) Em virtude do menor volume dos músculos da mímica facial, que são aproximadamente 30% mais estreitos do que os de um indivíduo normal, (13,27,30,(36)(37)(38) ocorre o enfraquecimento da musculatura elevadora da mandíbula, levando à predominância da musculatura abaixadora. A língua passa então a apoiar-se sobre o assoalho bucal, levando à postura habitual de boca aberta, que favorece a adoção de uma respiração bucal, (30,35,37,39) e que, em virtude da obstrução nasal -causada em conjunto pela hipertrofia dos cornetos nasais, tonsilas faríngeas e palatina, e pelo crescimento ogival do palato - (30,35,37,39) pode levar ao desenvolvimento da síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), pela diminuição do espaço aéreo faríngeo. (30) O aumento da altura facial anterior inferior (AFAI) pode ocorrer em virtude do crescimento excessivo nas regiões anterior e/ou posterior da maxila, pelo excesso vertical anterior da mandíbula, pelo encurtamento do ramo mandibular e concomitante pelo aumento da abertura do ângulo goníaco da mandíbula.…”