“…(Gabriel) Existe a visão clínica, né, do corpo anatômico, a anatomia, né, formado pelos segmentos, os termos anatômicos que a gente aprende, né, que vai ser meu objeto de estudo, assim, é uma visão que tem que ser passada porque a gente precisa ter um conhecimento aprofundado. (Fátima) O corpo do paciente é assumido como o meio de trabalho que possibilita o fazer do fisioterapeuta, que por sua vez tenta promover o bem-estar para esse paciente ao mexer na estrutura do "corpo anatômico", focando na solução da queixa física do paciente e procurando manter e melhorar as funções corporais (Canto;Simão, 2009;Driver et al, 2016). O corpo enquanto meio de trabalho é assumido como uma especificidade em que a perspectiva do profissional emerge como principal forma de interpretação e o foco se volta para a reeducação postural, coordenação motora, força dos músculos e movimento das juntas, o que reduz a complexidade dos processos relacionados à saúde e ao adoecer e limita o papel do fisioterapeuta na capacidade de responder a processos que vão além do paradigma biológico (Driver et al, 2016 A fala de Merleau-Ponty que aborda o entendimento de saúde e doença como fenômenos existenciais corrobora com a visão desses profissionais ao afirmar que:…”