“…Observou-se a ampliação das atividades de beneficiamento de sururu (cocção) em áreas de franjas de manguezal, ampliação de viveiros de camarão, técnicas não sustentáveis de cultivo de camarão, com adição de ração a base de N e P; criação de porcos e outras atividades degradantes foram a constatadas desde a ameaça as instituições e lideranças ambientais presentes. Sobre a gestão de áreas protegidas,Araripe, Lopes & Bastos (2006) discutem que há uma gestão ineficiente do poder público quanto às zonas econômicas especiais ZEE, como as áreas costeiras, unidades de conservação e bacias fluviais, a sobreposição de licenças para carcinicultura (licença de instalação antes da licença prévia). Assim, a falta de entendimento entre os órgãos oficiais de meio ambiente, fomento, pesquisa, controle de qualidade voltada à exportação de produtos pesqueiros e sanidade animal, todos fatores geradores de conflitos socioambientais que na prática, na maioria das vezes, favorecem atividades em situação irregular em detrimento de comunidades tradicionais.Nesse sentido, observa-se que a carcinicultura tem um caráter negativo, do ponto de vista socioambiental uma vez que, como ocorre em vários setores da economia e política brasileiras, o apelo do mercado pelo lucro leva grande vantagem sobre todas as questões ambientais e sociais.…”