RESUMOA saúde da família constitui-se num desafio para os profissionais da área da saúde em três níveis de atenção: primária, secundária e terciária. O trabalho, em questão, tem o objetivo de estimular os profissionais da saúde a repensar suas práticas junto à promoção da saúde da família. Entendemos, como família, todo grupo que convive ou não, num mesmo espaço físico, podendo ter uma relação de pertencimento por laços consangüíneos ou somente por co-habitação e vínculos afetivos. Ao discutir saúde da família, percebemos que ainda existem lacunas: várias são as indagações que surgem quanto à especificidade da família como cliente. Há dúvidas se o cuidar da família é o mesmo que cuidar de um grupo e se, ao atender aos diferentes membros que compõem a família, se está atendendo à unidade familiar também. Cabe ressaltar, porém, que o trabalho com famílias, na enfermagem, tem sido percebido como uma atividade desafiadora, tornando-se essencial que a equipe multiprofissional aprenda a pensar na família e, posteriormente, desenvolva uma prática diferenciada no contexto da saúde e da doença, promovida a partir da realidade na qual a família está inserida, levando em consideração seus formatos, significados e valores.
Palavras
INTRODUÇÃOA saúde da família constitui-se num desafio para os profissionais da área da saúde nos três níveis de atenção: primária, secundária e terciária. A atenção primária em saúde corresponde ao atendimento prestado pelos profissionais de saúde às pessoas ligadas às Unidades Básicas de Saúde e tem por objetivo oferecer atividades de cunho preventivo. Já, na atenção secundária, os usuários são assistidos em ambulatórios, consultórios e pronto-atendimentos. E os indivíduos que necessitam de atendimento freqüente, sistemático e curativo, em instituições hospitalares, recebem atenção terciária.Com relação aos profissionais, o foco central está na manutenção de famílias sadias, as quais correspondem a um grupo de pessoas que convivem e que possuem reservas biológicas, mentais, socioculturais e ambientais para se manter em equilíbrio. Desde 1994, na atenção primária, o Ministério da Saúde implantou o Programa de Saúde da Família, reconhecido como um modelo de assistência à saúde, que visa atender às necessidades da população carente e de alto risco. Na atenção secundária e terciária, a equipe de saúde lida com a pessoa doente, entendida como aquele ser humano, cujas reservas se encontram diminuídas ou até ausentes (1) Normalmente, essa pessoa doente está inserida numa família, a qual, na maioria das vezes, também adoece. Assim, faz-se necessário que os profissionais se disponham a visualizar essa realidade e atendam, de modo humano, a