2010
DOI: 10.1590/s1414-32832010000200003
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Abstract: Este trabalho apresenta estudo de caráter etnográfico acerca da relação entre homens e a assistência à saúde na Atenção Primária, realizado em oito serviços de quatro estados brasileiros. Seu objetivo é compreender a (in)visibilidade dos homens no cotidiano da assistência a partir da perspectiva de gênero, que discute os mecanismos promotores de desigualdades presentes no trabalho em saúde. Foram identificadas, nesse contexto, diferentes dimensões desta (in) visibilidade: os homens como alvo de intervenções no… Show more

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“…Ao longo da história, o corpo masculino esteve socialmente representado como saudá-vel e resistente, em contraste com o corpo feminino, tido como instável e sensível a doenças (Rohden, 2011;Connell, 2005). O resultado dessas representações emerge quando os(as) profissionais percebem que homens e mulheres lidam de maneira distinta com a saúde e com os cuidados corporais, dado também verificado em outros estudos (Machin et al, 2011;Couto et al, 2010).…”
Section: Homens Cuidam Menos Da Saúde Do Que As Mulheres Porque Ambosunclassified
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“…Ao longo da história, o corpo masculino esteve socialmente representado como saudá-vel e resistente, em contraste com o corpo feminino, tido como instável e sensível a doenças (Rohden, 2011;Connell, 2005). O resultado dessas representações emerge quando os(as) profissionais percebem que homens e mulheres lidam de maneira distinta com a saúde e com os cuidados corporais, dado também verificado em outros estudos (Machin et al, 2011;Couto et al, 2010).…”
Section: Homens Cuidam Menos Da Saúde Do Que As Mulheres Porque Ambosunclassified
“…As pesquisas brasileiras no campo da saúde coletiva mostram que as relações de gênero influenciam o modo como homens e mulheres concebem e lidam com sua saúde e, no contexto da atenção primária, esta temática tem sido problematizada (Machin et al, 2011;Couto et al, 2010;Gomes, Nascimento & Araújo, 2007;Aquino, 2005;Travassos et al, 2002). No entanto, as relações sobre gênero e os profissionais da saúde nos níveis de assistência ambulatorial e hospitalar ainda são pouco exploradas.…”
unclassified
“…Há, no que tange a isso, uma questão controversa que permeou as entrevistas com a maioria dos respondentes membros da equipe: a proposta, já desenvolvida em outras unidades de saúde, de um dia específico para o atendimento às demandas masculinas. Alguns profissionais se colocaram contrários a tal proposta: Sobre a possibilidade de estruturar o atendimento dividindo demandas por dias da semana, Couto et al (2010) detectam que é constante a construção da concepção de gênero a partir da ausência do homem nos serviços de saúde, muitas vezes unicamente atribuída ao próprio descuido deste usuário e não à história dos serviços e das políticas. Sustentamos que, para além de normas predeterminadas de funcionamento, devem ser objeto de problematização constante as práticas de cuidado da equipe, as relações existentes entre a ESF e os públicos masculinos, refinando, por conseguinte, olhares sobre os agenciamentos coletivos produzidos no território e nas práticas de cuidado, com vistas à produção de processos de singularização a partir das práticas de saúde.…”
Section: Práticas De Cuidado E Relação Da Esf Com Os Públicos Masculinosunclassified
“…Sustentamos que, para além de normas predeterminadas de funcionamento, devem ser objeto de problematização constante as práticas de cuidado da equipe, as relações existentes entre a ESF e os públicos masculinos, refinando, por conseguinte, olhares sobre os agenciamentos coletivos produzidos no território e nas práticas de cuidado, com vistas à produção de processos de singularização a partir das práticas de saúde. Couto et al (2010) relembram que características supostamente intrínsecas ao "masculino", como sensação de invulnerabilidade e pouca adesão às praticas de saúde, principalmente de prevenção, fazem parte do cotidiano dos serviços pelos profissionais e pelos próprios usuários. Tal questão foi evidenciada ao longo das observações participantes, o que findava por cronificar as equipes e os espaços de cuidado, reiterando desigualdades sociais, invizibilizando as demandas de diversos homens e reforçando o estereótipo de que os serviços de atenção primária são espaços feminilizados.…”
Section: Práticas De Cuidado E Relação Da Esf Com Os Públicos Masculinosunclassified
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