Acesso à experiência em primeira pessoa na pesquisa em Saúde Mental

Abstract

Acesso à experiência em primeira pessoa na pesquisa em Saúde MentalAccess to first-person experience in research into mental health

Estudos de Saúde Mental publicados nos últimos 25 anos na Revista Ciência & Saúde Coletiva

“…The 2011-2013 period concentrates half of the publications in this category (22 papers), emphasizing the participation of users in the development of research in Mental Health [22][23][24] and policies and practices 25,26 . The strategy of Autonomous Medication Management (GAM) and recovery emerge 27 .…”

Preface to the EAWE Portuguese version: A case for a new era of phenomenological psychopathology in psychiatry and clinical psychology

“…Perhaps the most obvious value of the EAWE is its restoration of the first-person epistemological perspective as the cornerstone of the understanding and assessment of the patient's psychopathological experiences (Leal & Serpa Jr., 2013). There is a long history of debate in phenomenological psychopathology regarding the best way to access the nature of subjective experience, i.e.…”

Aspectos conceituais teóricos e subjetivos da sobrevivência ao câncer: contribuições para a enfermagem oncológica

“…Quando o indivíduo recebe o diagnóstico do câncer, este pode culturalmente ser compreendido como uma doença que vai levá-lo à morte ou modificar bruscamente sua vida, ou, ao contrário, como uma doença combatível e curável. Porém, em nosso contexto, o câncer ainda é cercado por simbolismos e crenças: de ser contagioso, transmitido entre gerações, de se tratar de uma doença punitiva e que leva ao ostracismo, ao sofrimento e à morte, causando uma mudança de vida profunda e perturbadora (LITTLE et al, 2002;RASMUSSEN;ELVERDAM, 2007;DOYLE, 2008;PECK, 2008;BUCKLAND, 2011;PIETERS;HEILEMANN, 2011;BLANK, 2012;LARANJEIRA;LEÃO;LEAL, 2013;MARTIN et al, 2014). Essas crenças atuam no processo de reconstrução da vida após a ruptura causada pela doença e, como Leigh (2007) (VACHON, 2001;ROWLAND, 2008b;SPEK et al, 2013;LOPES;NASCIMENTO;ZAGO, 2016).…”

“…Essa nova linguagem não foi adotada apenas com a intenção de fornecer esperança para aqueles recém-diagnosticados, mas estabelecer uma mudança natural na comunicação e na linguagem entre os profissionais e pacientes, além de aprimorar os cuidados a esse grupo que apresenta novas e desconhecidas necessidades. Isto demandará tempo, tanto para se adequar ao meio em que será aplicado como para se adaptar entre os profissionais e sobreviventes (MIEDEMA;HAMILTOON;EASLEY, 2007;TOWSLEY;WATKINS, 2007; ROWLAND, 2008b;HAUKEN;LARSEN; HOLSEN, 2013;LARANJEIRA;LEÃO;LEAL, 2013;SPEK et al, 2013).…”

“…Se uma ação pode ser narrada, ela está simbolicamente mediada pela cultura e compartilha de uma articulação com o público. É impossível obtermos um questionamento racional e puro, pois não podemos nos separar das nossas referências culturais e históricas(SILVA;TRENTINI, 2002;MATTINGLY, 2007;SQUIRE, 2012;LEAL;SERPA-JUNIOR, 2013; ONOCKO-CAMPOS et al, 2013).Ao relatar um acontecimento ocorrido no passado, o indivíduo, agora, o faz de acordo com os conhecimentos que aprendeu, com outros padrões de comportamentos socialmente estabelecidos. Na composição de uma narrativa, o enredo vai sendo organizado no entrelaçamento dos acontecimentos individuais e norteado para a criação de uma história a ser considerada no seu todo(SILVA;TRENTINI, 2002).As narrativas são influenciadas pelo tempo, não o fluir do tempo, mas pelas mudanças vivenciadas com o passar dos dias.…”