“…Devido a isso, a vacinação tem caráter voluntário e as vacinas são fornecidas gratuitamente nos serviços do SUS. Entretanto, apesar do caráter universal do programa, estudos como o de Barata e Pereira (2013) apontam diferenças na cobertura para grupos sociais estratificados segundo indicadores socioeconômicos, conforme ocorrido em Salvador, onde a CV do esquema completo ao final dos 18 meses de idade, com doses válidas, em crianças nascidas no ano de 2005 foi inferior a 70% e apresenta diferenças significantes entre os estratos socioeconômicos com menor cobertura naquelas camadas da população com piores condições de vida.Outros fatores relacionados a desigualdades no alcance vacinal incluem desde questões intrínsecas ao núcleo familiar da criança (escolaridade dos responsáveis, falta de compromisso e/ou de tempo dos cuidadores em manter vacinação em dia, perda da caderneta de vacinação, tempo de residência fora da área urbana) até obstáculos gerados pela má administração das vacinas (superestimação de contraindicações, perder chance de vacinação oportuna) e no gerenciamento em saúde (falha no agendamento ou indicação correta, dificuldade do usuário no acesso aos locais de vacinação), tais situações estão interconectadas e atuam muitas das vezes sinergicamente na problemática em questão(MOURA et al, 2018;BRANCO et al, 2014;YOKOKURA et al, 2013;SCHOSSLER et al, 2013;SANTOS et al, 2016).que avaliou o índice de cobertura na região de Bom Jesus, Angola: os cartões de vacinação indicaram apenas 37% de imunização em menores de um ano, sendo os fatores Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.6, p. 25505-25519 nov./dec. 2021 como nível educacional materno, perda da janela de oportunidade vacinal e baixa renda variáveis determinantes.…”