Manejo da sífilis na gestação: conhecimentos, práticas e atitudes dos profissionais pré-natalistas da rede SUS do município do Rio de Janeiro

Abstract

Este artigo objetiva avaliar os conhecimentos, as práticas e as atitudes dos profissionais pré-natalistas da rede de serviços públicos de saúde (SUS) do município do Rio de Janeiro (MRJ) e identificar as principais barreiras para a implantação dos protocolos assistenciais de manejo da sífilis na gestação. Estudo transversal com 102 profissionais pré-natalistas da rede SUS do MRJ, correspondendo a uma taxa de resposta de 70% dentre os elegíveis. Foi realizada análise uni e bivariada com utilização do software SPSS 16.0. Foram verificadas diversas barreiras relacionadas ao conhecimento e à familiaridade com os protocolos assistenciais, dificuldades na abordagem das DST, questões dos usuários e contexto organizacional, que apresentaram distribuição distinta segundo tipo de serviço de saúde. Profissionais com mais acesso a treinamentos e manuais técnicos apresentaram melhor desempenho, sendo esses efeitos discretos. A identificação de barreiras para a adoção de protocolos assistenciais é fundamental para a formulação de estratégias de intervenção. O acesso ao conteúdo dos protocolos por treinamentos e manuais técnicos mostraram efeito discreto na melhoria das condutas assistenciais, sendo necessárias outras abordagens de educação continuada dos profissionais.

Sífilis na gestação: perspectivas e condutas do enfermeiro

“…19 Thus, when gestational syphilis is not treated or inadequately treated, it can lead to miscarriage, prematurity, and stillbirth. 15 It is imperative that the nurse and staff advise the pregnant women about the importance of correct treatment preventing the VT and clarifying possible outcomes that may arise if treatment is discontinued or not completed.…”

“…The research corroborates with authors emphasizing how important the nurse's management of pregnant women with syphilis, acting according to current care protocols and reinforcing the importance of treatment mainly in the active phase of the disease to reduce cases of CS and negative perinatal outcomes. 19 Regarding referrals to high-risk prenatal care, it was observed that the professionals' behavior is different from the MS recommendations, which mentions that pregnant women with syphilis should be referred for high-risk prenatal care. They should also guide, remove doubts and make pregnant women aware of safe conditions that reduce or eliminate VT risks promoting healthier habits as goals that meet by the literature.…”

Syphilis In Pregnancy: The Role Of Nurses From The Family Health Strategy

“…Results showed that a great number of the professionals had participated in some sort of training on the theme, and that they had the right knowledge about syphilis transmission; however, many of them did not know about the epidemiological situation of congenital syphilis in the country or even in the municipality where they work. Moreover, the study also revealed the difficulties these professionals face to introduce the topic to the patients and their partners [8].…”

“…Therefore, all professionals involved in this process can be aware of all the steps that involve detection, diagnosis and treatment of syphilis, which will support their actions and strategies [8].…”

Doenças sexualmente transmissíveis atendidas em unidade primária de saúde no Nordeste do Brasil

“…Muitos portadores, especialmente os homens, referem dificuldade de acesso ao tratamento 15 , por esse motivo preferem procurar as farmácias privadas, pois não precisam esperar dias por atendimento e nem enfrentar longas filas 16 . Os profissionais também não se sentem preparados para abordar a temática das DST 17 , deixando lacunas importantes em relação à prevenção e ao aconselhamento, especialmente quando se trata da convocação e tratamento dos parceiros sexuais 18 . Por outro lado, não existe uma proposta de educação permanente desses profissionais e nem reflexão acerca das estratégias de superação das dificuldades de inserção do atendimento das DST na rotina dos serviços, já tão sobrecarregados por outras atividades.…”