“…Apesar do aumento crescente da implementação das Equipes de Saúde Bucal na ESF, a garantia de atendimento integral às famílias ainda não é realidade, pois as ações em saúde bucal ainda ocorrem de modo fragmentado, evidenciado pelo estudo conduzido em 34 municípios de Minas Gerais, em 2009, no qual os municípios com grande cobertura de ESF apresentaram maior número de consultas médicas anuais. Por outro lado, observou-se que a expansão das ESF pouco contribuiu para a ampliação do número de agendamentos das primeiras consultas odontológicas (23) . Atualmente, o modelo de determinação social da saúde com o enfoque na relação entre desigualdades sociais e saúde está em foco, no entanto, não basta apenas debater o conceito de classe social atrelado diretamente à renda, criando uma divisão entre ricos e pobres, e ignorando as várias dimensões da vida humana que compõem a real condição social: econômica, política, cultural, étnica, religiosa, de gênero, dentre outras.…”