“…Mas a presença do termo "gênero" surge a partir de 1990 e consolida-se nos anos 2000, quando se verifica o crescimento dos estudos em gênero, especialmente na Saúde Coletiva, área em que o conceito teve maior penetração (Aquino et al, 2003;Campos, 2000). Contribuíram para isso: a natureza multidisciplinar e política dessa área (Schraiber et al, 2009), a forte influência do feminismo na luta contra desigualdades e iniquidades de gênero e seu efeito na saúde, sobretudo das mulheres (Corrêa, 2002;Aquino, 1999), além das recomendações de organismos internacionais (Gómez, 2002). Direito básico, a saúde sempre foi prioridade nas reivindicações feministas, inicialmente voltadas para determinadas necessidades da saúde reprodutiva da mulher, depois ampliadas para a saúde sexual e os direitos sexuais e reprodutivos (Villela, Monteiro, 2005;Costa, Aquino, 2000), e outras questões, como as masculinidades e sua relação com a saúde (Schraiber, Gomes, Couto, 2005;Arilha, 1999).…”