A epistemologia narrativa e o exercício clínico do diagnóstico

Abstract

Este trabalho objetiva contribuir para a discussão acerca das características narrativas do discurso clínico. Para tanto parte de uma revisão bibliográfica e da análise semiótica de prontuários do Centro de Genética Médica José Carlos Cabral de Almeida, do Departamento de Genética, do Instituto Fernandes Figueira, unidade materno-infantil da Fundação Oswaldo Cruz. Todos os prontuários utilizados são referentes a portadores da síndrome de Down atendidos no Ambulatório Especializado de Síndrome de Down da referida unidade. O artigo aborda: a questão da possível oposição entre narrativa e ciência; a apresentação dos principais autores e de seus trabalhos que versam sobre narrativa e conhecimento médico; a exemplificação da epistemologia narrativa embutida no discurso médico, via a apresentação de um prontuário, assim como de um heredograma. A conclusão enfatiza a importância da narrativa para o processo de diagnose e tratamento, assim como a construção de um enredo por parte do médico onde se fazem presentes complexas interações biológicas, culturais e sociais.

Construcción de conocimiento biomédico y políticas de salud: Síndrome Urémico Hemolítico y Fibromialgia

“…Esta "teoría de las enfermedades" fue construyéndose desde el nacimiento de la clínica en el siglo XVIII a partir de un acervo de ejemplos compartidos por médicos durante su aprendizaje y práctica profesional, constituyendo así el punto nodal de su saber y su práctica 4 . Este saber utiliza información de carácter científico, creando hipótesis/ abducciones que, articuladas a un razonamiento inductivo/deductivo, avanza en la elaboración de un diagnóstico 6 . Es así como desde el surgimiento de la racionalidad médica moderna se viene consolidando un proyecto de situar el saber y la práctica médica dentro del modelo de las ciencias naturales.…”

Uma experiência vivida por uma cuidadora, como paciente, utilizando a narrativa literária

“…Utiliza a narrativa literária como recurso para relatar uma experiência vivida por uma cuidadora, na condição de paciente, em diversos momentos configurados em cenários. Portanto, trata-se de uma narrativa personalizada 1 , ou seja, enfoca a subjetividade do próprio narrador, como protagonista, que sofre um acidente de trânsito, e como se dão as relações com pessoas leigas e equipe de saúde em diferentes circunstâncias e diferentes serviços de saúde.…”

The Childhood Depression: Narrative In Familiar Settings

“…Thus, the family discourse gets an enunciation status [28], taking as presupposition describe, express or represent the experiences of the illness of the depressive child. [29] The process of interpretation of a narrative requires great concentration and a deep dive into what is being said. In the light of this scenario, it is necessary to capture not only what is said, but also the reference that the person uses.…”

“…However, in general, it can be defined as the organization of events in time, working out or not in the causal relationships between such events, usually associated with some sort of change. [29] It is also necessary to consider that the family members narrative, insist on the idea of truth, based on what the childhood depressive phenomenon brings as sequel and what turns on a diary contact with the disease. The real desire of the family is to understand the complexity risks which is expressed in its own discourse, when time, space, and social and mental relate, because the excessive desire for receptive postures get confused with the desire of be free of pain and psychic suffering, that in desperate and exacerbated are expressed through deterioration and mistrust by family members.…”

“…[54] In the child depressive phenomenon, the "listening", by the translator, can work as a rescue of implicit elements, hidden inside of depressive child who need to be polished to make possible its possibility of "healing". It is the crucial role developed by the listening: listen to the "pain of being" [29], which is the top of depression, and which cannot be said, but perceived by the word.…”