Objetivando determinar e classificar índices de sustentabilidade das atividades agrícolas em 73 propriedades rurais foram pesquisadas três tipos de vegetações (Mata em Regeneração - MR, Monocultivo de Pastagem - MP e Monocultivo de Milho - MM), com mais de cinco anos de cultivos sucessivos, em dois biomas (Caatinga-CA e Mata Atlântica-MA) no Estado da Paraíba, tendo como referência a aplicação de questionários quanti-qualitativos composto por diversas variáveis técnicas, econômicas e sociais. A área representativa da pesquisa compreendeu sete municípios paraibanos, sendo quatro no bioma Caatinga e três no bioma Mata Atlântica. Para classificar as propriedades rurais por índices de sustentabilidade (IS) foram consideradas variações de 0 a 1, onde zero representavam níveis críticos e a unidade níveis excelentes, ficando estabelecidos os seguintes critérios: sustentáveis (IS > 0,80); sustentabilidades ameaçadas (0,60 <= IS <= 0,80); sustentabilidades comprometidas (0,40 <= IS <= 0,60); insustentáveis (0,20 <= IS <= 0,40) e seriamente insustentáveis (IS <= 0,20). Os dados foram submetidos à análise de distribuição de frequência e de análise fatorial, cujos escores foram utilizados para análise de agrupamento. Confirmou-se que aspectos técnicos, econômicos e sociais foram determinantes na classificação dos índices de sustentabilidades, mostrando que quanto melhores maiores foram os IS. Das 73 propriedades avaliadas, 34 ou 46,58% foram diagnosticadas como insustentáveis, sendo 19 (55,88%) na Mata Atlântica e 15 (44,12%) na Caatinga. Por outro lado, 39 ou 53,42% foram classificadas em condições de serem administradas, podendo com adoções de medidas racionais tornarem-se sustentáveis. Independentemente das condições analisadas verificou-se ser oportuno e racional definir o uso do solo de acordo com as potencialidades e limitações das atividades agrícolas dos diferentes biomas do Estado da Paraíba. Portanto, para alcançar o nível desejável das propriedades rurais (IS > 0,80), propõem-se um conjunto de ações racionais fundamentadas em avanços nos aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais, tais como: melhoramento no grau de instrução dos proprietários, adoção de práticas conservacionistas, conscientização no sentido de promover a defesa da sustentabilidade, estímulo às experiências com agricultura sustentável, observância dos cuidados necessários antes, durante e após aplicações de defensivos, incentivo a destinação de embalagens vazias aos locais apropriados, encoivaramento e decomposição da vegetação desmatada, uso de equipamento de proteção individual durante aplicação de defensivos agrícolas, armazenamento dos insumos agrícolas em locais reservados, coleta adequada do lixo domiciliar e destinação do esgoto sanitário em rede coletora.