Representação social de crianças acerca do velho e do envelhecimento

Abstract

O objetivo do presente estudo constituiu-se em investigar a representação social de um grupo de crianças acerca do velho e do envelhecimento, tendo como base a teoria das representações sociais proposta por Serge Moscovici. Utilizando como metodologia desenho, entrevista semi-estruturada e brincadeira tematizada, 31 crianças, que haviam vivenciado encontros com velhos no contexto escolar, participaram do estudo, sendo 11 com idades entre oito e dez anos e 20 com idades entre cinco e seis anos. Os resultados indicaram uma representação social diversificada acerca do velho, englobando temas como características físicas, avós, doença, morte, limitações físicas, trabalho, atividades e heterogeneidade. Em relação ao envelhecimento, este é representado pelas crianças relacionado à passagem do tempo, à qual todos os indivíduos estão sujeitos.

Adesão Ao Exame Colpocitológico Em Mulheres Idosas Revisão Bibliográfica

“…O idoso apresenta naturalmente uma lentidão ou falha na resposta proprioceptiva e motora, que pode ser intensificada por alguma afecção neurológica ou musculoesquelética, desta forma, entende-se que há neste público uma maior dificuldade em responder às situações imediatas e de emergência. Assim, dentre os ambientes que demonstram maior predominância para quedas está o banheiro e a cozinha, uma vez que, nesses lugares há maior facilidade para escorregar no piso molhado, devido contato constante com a água (LOPES et al, 2007).…”

A visão do envelhecimento, da velhice e do idoso veiculada por livros infanto-juvenis

“…Em vários estudos evidencia-se que o significado da velhice comumente está atrelado à ideia de dependência e doenças, tanto em grupos de indivíduos jovens quanto de adultos e idosos (Steffen, 2007;Fernandes, Garcia, 2010;Arruda, 2011;Lopes, Park, 2007;Mazutti;Scortegagna, 2006;Mancia;Portela;Viecili, 2008;Santos e Meneghin, 2006). Nos livros analisados no nosso estudo, por outro lado, são apresentadas situações de velhice com saúde e com doença, do que decorre que a utilização dessas obras na educação de crianças, adolescentes e jovens pode ser favorável tanto no processo de formação de ideias quanto para desfazer certos mitos, desde que, porém, o seu uso seja atrelado ao incentivo da visão crítica sobre os mesmos, com base em conceitos que podem ser melhor difundidos ao público em geral e trabalhados na escola por professores capacitados para tal finalidade.…”

“…Estão esses trechos em consonância não somente com o que se espera para a o envelhecimento fisiológico (Netto, 2006), mas também com a imagem social dessas mudanças Arruda, 2011;Lopes, Park, 2007).…”

“…Os livros expressam ainda que os adultos têm dificuldade de lidar com esse fato, e de explicá-lo às crianças. Embora esse acontecimento não seja um processo unicamente vivenciado pelos idosos, podendo ocorrer em outras fases da vida, trata-se de uma consequência natural do desgaste sofrido pelos seres vivos e, portanto, esperado na velhice (Py;Trein, 2011 (Lopes, Park, 2007;Mazutti, Scortegagna, 2006). Para maior reflexão sobre os mitos existentes e superação do tabu da morte faz-se necessário investir na educação da população sobre o processo do envelhecimento, para que gradativamente as crianças e os jovens percebam a velhice como uma faixa etária, com suas peculiaridades, que devem ser compreendidas e aceitas desde cedo (Cachioni, Aguilar, 2008;Mazutti, Scortegagna, 2006).…”

“…Concluiu-se, nesse trabalho, que a visão apresentada sobre o velho era mais positiva (Steffen, 2007). Encontraram-se outros estudos que analisaram a visão da velhice expressa em poesia (Pinheiro;Loureiro, 2011) ou o conceito apresentado por crianças, jovens e adultos Park, 2007;Cachioni;Aguilar, 2008), porém não se verificou, dentre os estudos revisados, algum que fizesse a análise de livros infanto-juvenis, relacionando-os a aspectos de saúde.…”