“…Constatou-se que ainda há poucos estudos e pesquisas específicos que tratam de grafites feministas, sobre a sexualidade ou gênero, ou que abordem questões de demandas de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Trangêneros (LGBTT) 1 , embora haja uma cena forte de movimentos e coletivos nos dois países (Brasil e Itália) e que se utilizam do grafite como estratégias de manifestação política e de resistência na cena urbana. Os estudos encontrados, de um lado, têm se centrado em diferenças de estilo e temas entre produções de grafite e/ou pichações de homens e mulheres, como foi identificado nos estudos sobre grafites de banheiros de instituições de ensino superior realizados por Teixeira e Otto (1998) e Damião e Teixeira (2009), por exemplo, ou em análises qualitativas sobre a presença, o protagonismo, trajetória de vidas e a prática de mulheres no cenário do grafite e pichação no Brasil (Hamann, Maracci-Cardoso, Tedesco, & Pizzinato, 2013;Mendonça-Magro, 2003), mas, por outro lado, são escassos os que analisam os discursos dos grafites produzidos e sua relação com a cena urbana.…”