Objetiva-se analisar, sob a ótica da estratégia como prática social, as características de linguagem escrita de um planejamento estratégico de uma empresa júnior situada no sul do estado de Minas Gerais, com base na perspectiva Bakhtiniana de análise do discurso. O planejamento estratégico é uma proposta de trabalho a ser executado em detrimento da prática social que é o trabalho realmente executável, fazendo com que nas organizações as vozes dos atores fiquem abafadas, atônicas pela ideologia de participação coletiva, que é disseminada. Acarreta-se um falso contentamento dos atores organizacionais que acreditam de fato que suas opiniões estão contidas no plano, objetivos e metas estabelecidas pela empresa, permitindo a manifestação dos fenômenos de polifonia e hegemonia.