Resumo: Este artigo tem por objetivo colocar em evidência as convenções narrativas que constituem os documentos ofi ciais produzidos pela Delegacia de Defesa da* Uma primeira versão desse artigo foi apresentada na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 3 e 6 de agosto de 2014, em Natal. Agradeço a leitura dedicada, bem como os preciosos comentários feitos, de Bruno Zilli, Everton de Oliveira, Carolina Branco, Cilmara Veiga, Rafaela Etechebere, Rafael Nascimento, Julian Simões e Maísa Fidalgo e da minha orientadora Maria Filomena Gregori. No que diz respeito às grafi as de escrita utilizadas neste artigo, segui as seguintes padronizações de escrita. Optei por deixar em itálico os nomes dos personagens criados a partir dos inquéritos policiais apresentados, os trechos de narrações construídas por mim, assim como algumas expressões ou noções construídas a partir de meu campo de pesquisa e que assumem um sentido específi co neste artigo. Por exemplo: uma Juliana, Lucas, convenções narrativas… As frases, expressões e termos retirados dos documentos ofi ciais, assim como das entrevistas realizadas durante a pesquisa com as profi ssionais da DDM, fi carão grafadas entre aspas e em itálico. Quanto às citações bibliográfi cas, estas estarão grafadas apenas entre aspas. Também, em alguns casos específi cos, com vistas a promover efeitos estilísticos, identifi car algumas expressões coloquiais ou que merecem ênfase, utilizarei aspas simples. O negrito será utilizado somente como forma de dar ênfase a certas passagens que julguei importantes. Por fi m, todos os nomes pessoais utilizados, bem como números, protocolos e datas foram inventados. ** Doutoranda em Ciências Sociais