1998
DOI: 10.1590/s0104-93131998000100004
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Lévi-Strauss no Brasil: a formação do etnólogo

Abstract: Os anos compreendidos entre 1935 e 1938, quando Lévi-Strauss é professor na recém-criada Universidade de São Paulo, não parecem ter despertado a atenção dos intérpretes e historiadores das ciências sociais durante longo período. É, de fato, a partir da década de 80 que se observa uma espécie de resgate dessa história até então "esquecida". A morte de Fernand Braudel e a volta de Claude Lévi-Strauss ao Brasil, integrando a comitiva do presidente Mitterrand, em 1985, são responsáveis por uma série de artigos, no… Show more

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“…O título possui duplo sentido, difícil de se preservar na tradução para o português, pois se nossa expressão militar é "reconquistar o terreno perdido", designamos a pesquisa etnográfica como "campo" (e não "terreno" à maneira dos franceses). 2 Nimuendaju trabalhava há mais de uma década com povos de língua Jê do Brasil Central, sobre os quais publicaria três importantes monografias (1939,1942,1946) (Peixoto, 1998). 4 Ver as críticas de Aspelin (1976de Aspelin ( , 1979 e Price (1978), bem como as respostas de Lévi-Strauss (1976,1978).…”
Section: Notasunclassified
“…O título possui duplo sentido, difícil de se preservar na tradução para o português, pois se nossa expressão militar é "reconquistar o terreno perdido", designamos a pesquisa etnográfica como "campo" (e não "terreno" à maneira dos franceses). 2 Nimuendaju trabalhava há mais de uma década com povos de língua Jê do Brasil Central, sobre os quais publicaria três importantes monografias (1939,1942,1946) (Peixoto, 1998). 4 Ver as críticas de Aspelin (1976de Aspelin ( , 1979 e Price (1978), bem como as respostas de Lévi-Strauss (1976,1978).…”
Section: Notasunclassified
“…Embora "A estrutura dos mitos" esteja, como texto de demonstração metodológica, em suas antípodas, na ambivalência entre modéstia e ousadia, expectativa e frustração ele se revela irmão gêmeo de Tristes trópicos, publicado no mesmo ano e sob a estrela do mesmo limbo em que Lévi-Strauss se sentia na França. Situarmo-nos nesse ponto de inflexão, queda-livre em que Lévi-Strauss ainda não sabe se se arrebenta ou se voa de uma vez, parece contribuir para um efeito importante deste jogo de imagens entre o sujeito-autor e a instituição, o de voltarmos ao pesquisador ainda não monumentalizado: o professor universitário francês vindo de uma carreira heterodoxa, passando por uma universidade recém-criada no Brasil e um período de exílio nos Estados Unidos, que trabalha na reconstrução de seus vínculos com a escola durkheimiana, mas marcado pela evasão do percurso local e pela apresentação de uma tese de doutoramento que gera, num primeiro momento, muito mais resistências que reconhecimento (Peixoto 1998;Lanna 2008).…”
unclassified
“…A partir de 1934, com a criação da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, o subcampo sociocultural da antropologia pode enfim se institucionalizar, ainda que não na forma de um departamento próprio, mas por meio da influência de sociólogos e etnólogos europeus, especialmente franceses (Peixoto, 1998), com sua visão da etnologia e da arqueologia como disciplinas separadas. A vinda de missões estrangeiras atinge também a arqueologia a partir do final dos anos 1940 (Barreto, 1999(Barreto, -2000Prous, 1991).…”
unclassified