2008
DOI: 10.1590/s0104-83332008000100003
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Estereótipos e mulheres na cultura marroquina

Abstract: ResumoEstereótipos sobre as mulheres no Marrocos podem ser caracterizados como crenças culturais incompletas e inexatas mantidas por algumas pessoas e que se encontram inscritos em expressões lingüísticas ou em discursos subliminares. A cultura popular marroquina emprega representações poderosas para transmitir e sustentar tais estereótipos. Embora existam alguns estereótipos positivos, a maioria dos estereótipos sobre as mulheres no Marrocos é negativa e reflete ditames patriarcais subliminares que estruturam… Show more

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“…No sistema central das representações endo e exogrupais, são destacados, respectivamente: o trabalho e a agricultura como práticas e valores do grupo rural, em contraste com a imagem da riqueza e do consumismo, status e valor que reforçam a associação de pessoas da cidade a pessoas ricas; as relações de proximidade entre os membros da comunidade (convivência e amizade), mediadas por práticas de solidariedade (bondade) que fortalecem a imagem do coletivo, enquanto, na cidade, prevalece o individualismo como referência de conduta, processo de distinção que se relacionaria ainda ao preconceito contra o grupo rural, e, por fim, o eixo temático da simplicidade, que retrata o povo do campo a partir da condição de igualdade (na forma de falar, (Brown, 1997(Brown, , 2000Tajfel, 1982aTajfel, , 1982bTajfel, , 1983, sendo o endogrupo associado a estereótipos positivos e o exogrupo, a negativos. De acordo com Mazzara (1997) e Sadiqi (2008), o termo estereótipo surgiu no contexto da tipografia por volta do século XVIII, referindo-se à reprodução de imagens impressas através de formas fixas, e foi introduzido no campo das ciências sociais pela primeira vez em 1922, pelo jornalista Walter Lippmann, já com o significado de mecanismo de simplificação do mundo, um dos processos elementares da categorização social (Brown, 1997(Brown, , 2000.…”
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“…No sistema central das representações endo e exogrupais, são destacados, respectivamente: o trabalho e a agricultura como práticas e valores do grupo rural, em contraste com a imagem da riqueza e do consumismo, status e valor que reforçam a associação de pessoas da cidade a pessoas ricas; as relações de proximidade entre os membros da comunidade (convivência e amizade), mediadas por práticas de solidariedade (bondade) que fortalecem a imagem do coletivo, enquanto, na cidade, prevalece o individualismo como referência de conduta, processo de distinção que se relacionaria ainda ao preconceito contra o grupo rural, e, por fim, o eixo temático da simplicidade, que retrata o povo do campo a partir da condição de igualdade (na forma de falar, (Brown, 1997(Brown, , 2000Tajfel, 1982aTajfel, , 1982bTajfel, , 1983, sendo o endogrupo associado a estereótipos positivos e o exogrupo, a negativos. De acordo com Mazzara (1997) e Sadiqi (2008), o termo estereótipo surgiu no contexto da tipografia por volta do século XVIII, referindo-se à reprodução de imagens impressas através de formas fixas, e foi introduzido no campo das ciências sociais pela primeira vez em 1922, pelo jornalista Walter Lippmann, já com o significado de mecanismo de simplificação do mundo, um dos processos elementares da categorização social (Brown, 1997(Brown, , 2000.…”
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“…A dinâmica de discriminação social evidenciada pelos estereótipos dos grupos como objetos de representação confirma a existência de um processo de simbolização compartilhado pelos membros do grupo rural no contexto de comparação entre as categorias sociais ruralidade e urbanidade. É necessário, contudo, considerar a dimensão valorativa que mobiliza o campo de produção e difusão dos estereótipos, visto que são a expressão das crenças e dos valores de determinada cultura e sociedade (Sadiqi, 2008). Moscovici, refletindo sobre o processo de discriminação social a partir dos estereótipos negativos relacionados a determinadas minorias, ensina: "Se formos além dos estereótipos ou dos preconceitos, descobriremos sob eles correntes do conhecimento e fórmulas do senso comum, conjuntos de crenças profundamente enraizadas na vida coletiva, mesmo em uma nação moderna" (2009, p. 661).…”
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