2004
DOI: 10.1590/s0104-83332004000200004
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O efeito do sexo: políticas de raça, gênero e miscigenação

Abstract: Este artigo propõe uma discussão das implicações políticas e teóricas da miscigenação como uma formação discursiva, que produz como seu centro a figura idealizada e essencializada do mestiço - mulata ou mulato. Em segundo lugar, toma o caso concreto da construção de duas figuras de gênero racializadas no ambiente da chamada reafricanização da cultura e da política em Salvador: o brau e a beleza negra. O primeiro, uma performance masculina hiper-sexualizada e agressiva, marcada por releituras juvenis vernáculas… Show more

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“…No que se refere ao caráter da chamada racialização discursiva, Pinho (2004), em O efeito do sexo: políticas de raça, gênero e miscigenação, oferece contribuições relevantes, considerando o mito fundacional da sociedade (que um dia foi colônia) como carregado de significado sexual.…”
Section: Antecedentes Teóricosunclassified
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“…No que se refere ao caráter da chamada racialização discursiva, Pinho (2004), em O efeito do sexo: políticas de raça, gênero e miscigenação, oferece contribuições relevantes, considerando o mito fundacional da sociedade (que um dia foi colônia) como carregado de significado sexual.…”
Section: Antecedentes Teóricosunclassified
“…Configura-se, neste ponto, a racialização ou memória discursiva de Pinho (2004) e Fontana e Cestari (2014), como fatores preponderantes às dificuldades enfrentadas pelas vítimas de tráfico humano quando situadas nas realidades de seus países de destino e de origem. Ambos os termos expressam um processo de construção histórica do corpo colonial das mulheres de cor, através de identificações fornecidas por redes de filiação, que tendem a "usar" a imagem do corpo colonial em uma noção de oferta e demanda, na comercialização das identidades e símbolos nacionais de países como o Brasil, Colômbia, Suriname, Peru, Venezuela, dentro das fronteiras do continente sul-americano e fora destas, em países onde as mulheres imigrantes são exploradas (e traficadas) ou irão exercer a prática da prostituição na Europa.…”
Section: Quanto àS Identidades Negociadasunclassified
“…(BOLIVAR, 2002, p.17). Pinho (2004), através do mito fundacional da mulata, "símbolo gracioso" da miscigenação e suas conotações sexuais; a baiana de acarajé, como uma "carreira típica" e a empregada doméstica como ícone estereotípico e uma atualização da criada ou ama de leite colonial.…”
Section: Pontos De Interrogação N 2 Revista Do Programa De Pós-graduunclassified
“…A incorporação das mulheres negras no mercado de trabalho se manteve restrita, obrigando-as a trabalhar em serviços subalternos como o de mucama, ama de leite, prostituta, enfim, uma extensão simbólica da senzala. Na literatura, nas cartilhas infantis, nas revistas femininas, a mulher negra é retratada como empregada doméstica, boa cozinheira, passiva, subordinada e quase um membro da família, é nessa figura da "mãe preta" que as mulheres negras foram aprisionadas na construção da nação (GONZALES, 1980;PINHO, 2004).…”
Section: Conflitos E Transiçõesunclassified
“…Pinho (2004) comenta que com isso se cria outra contradição: de um lado, a essencialização da beleza negra, de outro, a união da beleza negra com a mercadoria. A cultura negra também é um espaço contraditório e de disputas históricas:…”
Section: Ilú E a Cultura Negraunclassified