O presente artigo, desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e documental, procura estabelecer uma biografia, ainda que fragmentada, da violinista paraense Virgínia Sinay, aluna de L. Massart no Conservatório de Paris, e importante docente em seu estado, a partir da análise de uma de suas maiores empreitadas artísticas — a turnê de 1886 —, realizada em conjunto com a sua irmã e pianista Mathilde Sinay e com o célebre violinista holandês Johannes Wolff. As críticas dos concertos realizados durante a turnê evidenciam a grande qualidade técnica e musical dos três artistas, destacam a excelente recepção do público que os assistiu e expõem de maneira clara alguns dos preconceitos da época, muito relacionados à concepção do que significava ser mulher e artista no século XIX.