Este artigo traz reflexões de crianças que, junto com adultos, atuam em movimentos de luta por outro modo de viver e de morar em um território conhecido como Mercado Sul VIVE, em Taguatinga, no Distrito Federal, Brasil. A partir de um trabalho etnográfico acerca de suas brincadeiras, procura-se explorar as potencialidades de suas reflexões e de suas intervenções em um mundo no qual a propriedade privada não ameace a vida e suas potencialidades. Intenta-se demonstrar a constituição lúdica de sua formação política e o poder transformador da brincadeira diante de violentas experiências de segregação espacial e punição estatal.