2014
DOI: 10.1590/s0104-71832014000200002
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Abstract: Este artigo revisita os escritos de Carolina Maria de Jesus, em particular o livro Quarto de despejo, com a intenção de pensar sua escrita (e seu próprio ato de escrever) como forma de elaboração de sua condição social de existência. Sua escrita, enquanto automodelagem de sua "pessoa" é construída através de processos de percepção de seu sofrimento social e de instauração de uma aguda consciência de sua corporalidade. Explorando o conceito de sofrimento social, enquanto processo de experiência e cognição, anal… Show more

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“…Com o intuito de identificar e analisar as questões que promovem ou contribuem para o fenômeno da dispersão de documentos de arquivos literários, analisaremos o caso do fundo de Carolina Maria de Jesus. CULTURAL, 2021;GABRIEL, 2019;GONÇALVES, 2014).…”
Section: A Dispersão De Fundos Arquivísticosunclassified
“…Com o intuito de identificar e analisar as questões que promovem ou contribuem para o fenômeno da dispersão de documentos de arquivos literários, analisaremos o caso do fundo de Carolina Maria de Jesus. CULTURAL, 2021;GABRIEL, 2019;GONÇALVES, 2014).…”
Section: A Dispersão De Fundos Arquivísticosunclassified
“…Em 1948, muda--se para a favela do Canindé, às margens do Rio Tietê. A atividade laboral que Carolina mais exerce é a de catar papéis pelas ruas da cidade (Gonçalves, 2014). Em 1960 ela torna-se best seller ao lançar o livro "Quarto de despejo: diário de uma favelada", emplacando suas vendas junto com escritores como Jorge Amado (Meihy, 2016).…”
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“…Em 1960 ela torna-se best seller ao lançar o livro "Quarto de despejo: diário de uma favelada", emplacando suas vendas junto com escritores como Jorge Amado (Meihy, 2016). Apesar de ter cursado dois anos de escola primária em Sacramento, Carolina escreve mais de 4.500 páginas manuscritas, em 37 3 cadernos retirados das lixeiras da grande São Paulo, mostrando que a escrita para ela não era uma escolha, mas sim um destino (Gonçalves, 2014). "Quarto de despejo" é o resultado de uma edição de 20 cadernos manuscritos realizada pelo cronista e jornalista Audálio Dantas (Sousa, 2011).…”
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“…O conceito de sofrimento social nasce, assim, no seio da antropologia (Gonçalves, 2014;Nunes, 2014;Das, 2011;Fonseca, 2011;Kleinman, Das, Lock, 1997;Kleinman, 1995b), mas se expande para outros contextos, tais como o da filosofia (Safatle, 2011;Renault, 2010), da saúde pública (Adorno & Vasconcellos, 2011), da sociologia (Valencio, 2014;Werlang & Mendes, 2013), da psicologia (Chinalia, Assis, Visintin & Aiello-Vaisberg, 2018;Visintin e Aiello-Vaisberg,2017;Aiello-Vaisbeg, 2017;Visintin, 2016;Ambrosio, Aiello-Fernandes, & Aiello-Vaisberg, 2013;Carvalho, 2008;Carreteiro, 2003, Mendes, 1995, da enfermagem (Martins, Robazzi & Bobroff, 2010), da comunicação social (Marques, Martino & Coêlho, 2016) e da engenharia de produção (Bouyer, 2015), todos em interface com a área da saúde.…”
Section: Sofrendo a Decadência Do Corpounclassified