“…Assim, do ponto de vista sociológico, a peregrinação pode ser entendida em pelo menos três prismas distintos e não excludentes entre si: (i) na perspecitva durkheimiana/ funcionalista de um fato moral, pensado como agente catalisador e antiplástico da religiosidade difusa no social; (ii) como um processo-ritual no modelo societas-liminaridadecommunitas, como advoga Victor Turner, inspirado em Van Gennep; e (iii) em uma aproximação weberiana, como uma busca de si mesmo em uma paisagem de espiritualidade, sendo o sentido religioso muito menos definido por uma "empresa hierocrática" do que por uma lógica de "religião do self", enquanto uma experiência privada e individual em meio à multidão (Weber, 2000;Vilaça, 2008;Durkheim, 2008;Steil;Carneiro, 2008;Turner, 2008;Van Gennep, 2008[1969; Toniol, 2011).…”