Cidades e cidadãos imaginados pelos meios de comunicação

Abstract

A megalópole Cidade do México existe como espaço social e físico, ordem e desordem demográfica, mas também nas formas imaginadas todos os dias pela imprensa, o rádio e a televisão. Estas mídias organizam comunidades invisíveis de audiências que se informam através delas sobre a cidade e, às vezes, participam por meio de cartas ou telefonemas. De que forma a esfera pública é reconstituída nesses circuitos comunicacionais? Esses meios contribuem para a transparência e a democratização da cidade ou simplesmente reproduzem o senso comum urbano?

A construção social da ordem e da subversão nos discursos da (e sobre a) população em situação de rua de Belo Horizonte

“…Nesse contexto, Canclini (2002) afirma que os meios de comunicação passam a inventar e reinventar a metrópole e seus cidadãos, tornando-se um dos principais construtores do imaginário urbano. O mesmo autor dirá que os discursos promovidos por esses agentes são propostos como "síntese imaginária do sentido da cidade".…”

“…A cidade repleta de "malocas" não é aquela que a imprensa quer comunicar (cf. CANCLINI, 2002). Essa cidade,…”

Lugar E Contexto: Alguns Argumentos Sobre a Política Local No Brasil

“…As cidades possibilitam aos cidadãos formarem concepções acerca de suas comunidades (CANCLINI, 2002), bem como redes sociais e comunitárias, que por sua vez criam vínculos culturais e identidades coletivas (CASTELLS E BORJA, 1996). Assim, o conceito de lugar torna-se o elemento fundamental para se compreender a formação das preferências políticas individuais, a adoção de determinadas estratégias e medidas pelas instituições, e a maneira como este território específico impacta nas dinâmicas políticas -ressaltam-se, aqui, principalmente: eleições, processos decisórios, formulação e implementação de políticas públicas, participação cidadã, estratégias partidárias, dentre outros.…”

“…As mídias, aqui, tem um papel importante (SCHEUFELE et. al., 2002), na medida em que são agentes construtores de seus contextos (CANCLINI, 2002). Portanto, ao colocar o lugar em primeiro plano, nota-se que a formação do imaginário político sofre influência das dinâmicas e características dos contextos específicos em que estão inseridos, permeados por interesses e disputas que mobilizarão, de diferentes modos, a dimensão afetiva dos cidadãos (THRIFT, 2006 Portanto, o contexto é um elemento mediador entre a política nacional e a política local, na medida em que cria os processos socioeconômicos que condicionam as ações dos atores e a construção de suas identidades (ANDERSEN E HEATH, 2003).…”

O papel de coesão social no jornalismo especializado: Um estudo da relação entre jornalistas segmentados em agronegócio com as fontes de informação

“…Para Canclini (2002), os meios constroem seus espectadores e, na medida em que pretendem desempenhar o papel de esfera pública, configuram modos simbólicos, midiáticos de ser cidadãos. A comunicação midiática tem significados e repercussões, diferentes em grupos de distinta localização econômica e sociocultural.…”