2017
DOI: 10.1590/s0104-59702017000500007
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Tecnopolíticas das mudanças climáticas: modelos climáticos, geopolítica e governamentalidade

Abstract: Based on an empirical study of climate modeling at Brazil's Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, the article explores how climate modeling represents a pragmatic government approach in the realm of climate change. The discussion begins with how this pragmatic approach serves the purposes of the geopolitical action of the State within the international framework of global climate knowledge production. It then shows how modeling engenders forms of interpretation of climate change phenomena and future impac… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1
1

Citation Types

0
2
0
4

Year Published

2019
2019
2021
2021

Publication Types

Select...
6

Relationship

1
5

Authors

Journals

citations
Cited by 7 publications
(6 citation statements)
references
References 19 publications
0
2
0
4
Order By: Relevance
“…Rather, joint climate research projects are often eyed suspiciously for their goals favoring US over Brazilian interests. While not a subaltern view developing a narrative independent of more powerful actors common in postcolonial scholarship (e.g., Chakrabarty, 2012), Miguel (2017) shows that emerging economies such as Brazil have started to develop their own national climate models in an explicit effort to be more scientifically independent in their national climate policies. Overall, both explicit and implicit postcolonial studies illuminate how neocolonial conceptions of "good" adaptation are manifested in climate models as favoring a distinct perspective on what "high-quality" scientific knowledge is.…”
Section: The Critical Order: Revealing Injustices Reproduced By Sciencementioning
confidence: 99%
“…Rather, joint climate research projects are often eyed suspiciously for their goals favoring US over Brazilian interests. While not a subaltern view developing a narrative independent of more powerful actors common in postcolonial scholarship (e.g., Chakrabarty, 2012), Miguel (2017) shows that emerging economies such as Brazil have started to develop their own national climate models in an explicit effort to be more scientifically independent in their national climate policies. Overall, both explicit and implicit postcolonial studies illuminate how neocolonial conceptions of "good" adaptation are manifested in climate models as favoring a distinct perspective on what "high-quality" scientific knowledge is.…”
Section: The Critical Order: Revealing Injustices Reproduced By Sciencementioning
confidence: 99%
“…Esses trabalhos historiográficos permitiram trazer complexidade ao termo "governança climática", que passou a não se referir somente às instituições políticas governamentais ou não governamentais, mas a tratar de um conjunto mais amplo de conhecimentos, técnicas e práticas que constituem uma maneira específica pela qual algo é governado e regulado. Dessa maneira, autores têm discutido como os processos de conhecimento, cálculo e idealização de ações de governo podem ser entendidos como racionalidades governamentais incorporadas em meios técnicos que objetivam certos alvos e ensejam certas práticas de governo das mudanças climáticas (Agrawal, 2005;Braun, 2014;Cavanagh, 2014;Turhan;Zografos;Kallis, 2014;Miguel, 2017).…”
Section: Ciência Tecnologia Sociedade E Mudanças Climáticas: a Contribuição Dos Esctunclassified
“…Assim, o modelo brasileiro seria de interesse estratégico para o Estado para poder simular o futuro sem depender de países do Norte. O modelo, portanto, teria uma função geopolítica (Miguel, 2017). Essa compreensão da ciência como estratégica e como tendo uma função geopolítica demonstra que cientistas vinculados ao desenvolvimento do BESM estavam cientes do caráter situado da ciência, apesar de ser uma visão sobre a situacionalidade muito mais fraca do que aquela que embasa o CPBMC e do grupo do formulador de políticas que o concebeu.…”
Section: []unclassified
“…O IPCC, portanto, não faz pesquisa original, mas revisa a literatura e busca sintetizar os principais pontos de consenso e as incertezas nas ciências das mudanças climáticas. As conclusões do IPCC foram responsáveis, em larga medida, pela formação de um consenso entre governos e formuladores de políticas públicas a respeito da realidade e do risco das mudanças no clima ( Este trabalho insere-se na literatura dos Estudos Sociais das Ciências e Tecnologias (ESCT), em particular aquela que nos últimos quinze anos vem estudando a interface entre as ciências e políticas climáticas no Brasil (Lahsen, 2004;2009;Cuperstein, 2015;Miguel, 2017;Bailão, no prelo). Ele focaliza esses dois projetos distintos para o PBMC para compreender as diferentes representações sobre a geopolítica climática e as concepções epistemológicas que os embasam, assim como as diferentes instituições e identidades que procuram produzir.…”
Section: Introductionunclassified