“Defensivos” ou “agrotóxicos”? História do uso e da percepção dos agrotóxicos no estado de Santa Catarina, Brasil, 1950-2002

Abstract

Resumo O artigo apresenta uma história do uso e da percepção dos agrotóxicos no estado de Santa Catarina, Brasil, entre as décadas de 1950 e 2000. As fontes primárias utilizadas foram diversificadas, como boletins técnicos, relatórios governamentais, censos agropecuários, notícias de jornais, dados do centro estadual de informações toxicológicas e entrevista com um técnico de referência no setor. Verificou-se que o uso e a percepção dos agrotóxicos passaram por diferentes fases em Santa Catarina, o que também ocorreu em outros lugares, e que as atitudes mudaram tanto devido às experiências individuais de técnicos e agricultores, como também pela influência do contexto cultural mais amplo da circulação das ideias ambientalistas a partir dos anos 1980.

Circular Economy and Solid Waste Management: Challenges and Opportunities in Brazil

“…Until 2000, Brazil's pesticides packaging was mostly incinerated or landfilled, depending on the pesticide and material's packaging. However, it was common to see these packaging in rivers, vacant lots and household waste, threatening the environment and public health [58,59].…”

“…The inclusion of e-waste in the law reflects that Brazil is considered the leading e-waste producer in Latin America, with approximately 2.1 million tonnes per year [58]. However, even in 2020 (10 years after the law), there is poor control of the country's current e-waste flows, with uncertainties regarding their real quantities, composition and destination [65][66][67].…”

The acetylcholinesterase as indicative of intoxication for pesticide in farmers of conventional and organic cultivation

“…Currently, Brazil is one of the largest food producers in the world and, also, one of the countries that consumes the most agrochemicals in the production methods of various agricultural crops, developing technologies that meet the export demands (Carvalho et al, 2017). Pesticides are chemicals marketed in order to contribute to agricultural production processes, mainly on a large scale, still defined by the Ministry of the Environment, as agents of chemical, physical and Biological (Brasil, 2018).…”

Percepção de conselheiros de saúde acerca do tema agrotóxicos: o papel da participação social em uma sociedade que adoece

“…O livro A primavera silenciosa, publicado em 1962 pela bióloga norte-americana Rachel Carson, representou um marco mundial para a consciência ambiental e ecológica, sendo um alerta aos graves efeitos nocivos dos agrotóxicos sobre a saúde humana e o ambiente (Carvalho;Nodari;Nodari, 2017). As consequências agudas e crônicas publicizadas englobam: alergias, distúrbios gastrintestinais, respiratórios, endócrinos, reprodutivos e neurológicos, neoplasias, mortes acidentais e suicídios (Carneiro et al, 2015).…”

“…Essa lei foi resultado de lutas sociais e do debate ambientalista que acontecia desde o final da década de 1980, incluindo a visibilidade dada à questão ambiental com o assassinato de Chico Mendes. Considera-se uma vitória para o movimento ambientalista e para a agricultura ecológica a utilização, dentro dela, do termo "agrotóxicos" para definir os venenos agrícolas, visto que ele explicita o grau de perigo que tais substâncias oferecem, contrariando a pressão da indústria para a utilização do termo suave "defensivos agrícolas" (Carvalho;Nodari;Nodari, 2017;Londres, 2011). É importante destacar que, apesar dos riscos para a vida e da definição legal do vocábulo "agrotóxicos", o termo "defensivos agrícolas" ainda é bastante utilizado e propagado pela indústria de venenos, por políticos, por técnicos do governo e até mesmo pelas universidades (Ferreira, 2015).…”