A hanseníase no Maranhão na década de 1930: rumo à Colônia do Bonfim

Leandro, José Augusto

doi:10.1590/s0104-59702009000200009

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“…Desde o período colonial, a lepra já era conhecida no Brasil, porém não era classificada como um problema de saúde pública, e sim como um aspecto característico da população (LEANDRO, 2009). A doença passou a figurar, no país, como um grave problema de saúde pública, a partir da década de 1910, pois ameaçava a população sadia e, como tal, a sociedade estava a pedir respostas do governo, uma vez que as ações de profilaxia e tratamento da doença, até aquele momento, eram realizadas, em grande parte, por instituições religiosas e beneficentes (OPROMOLLA; LAURENTI, 2011).…”

Section: Contexto Social Para a Assistência à Lepra No Brasilunclassified

O Sanatório São Julião na mídia impressa campo-grandense (1941-1970): um estudo historiográfico

Vilena

Miranda

2019

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O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir a forma como o Sanatório São Julião circulou na mídia impressa campo-grandense, entre 1941 e 1970. Estima-se analisar, por meio do discurso midiático, práticas de assistência ao Sanatório e aos seus internos, por parte da sociedade. As fontes primárias utilizadas foram notícias publicadas em jornais, disponíveis no Arquivo Municipal de Campo Grande (ARCA), a saber: Correio do Estado, O Matogrossense e o Jornal do Comércio. As análises do material sugerem que a sociedade campo-grandense, movida por certa visão social da lepra, manifestada pela mídia impressa, “amparou” os internados no Sanatório São Julião com doações de diversos gêneros, desde alimentos a expressivos valores, efetuados por “generosos” campo-grandenses. Assim, as imagens evocadas pelo discurso midiático, referentes ao Sanatório São Julião, concebem a ideia de um cuidado em saúde ligado a práticas assistencialistas.

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Section: Contexto Social Para a Assistência à Lepra No Brasilunclassified

O Sanatório São Julião na mídia impressa campo-grandense (1941-1970): um estudo historiográfico

Vilena

Miranda

2019

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“…Além dessas, foram detectados 49 casos na capital, São Luís, e 24 casos em São Luís Gonzaga (centro do estado), 100 casos em Caxias, a segunda cidade mais populosa do Maranhão e, de acordo com ele, "foco intenso" da doença. Foi estimado o total de quinhentos hansenianos no estado (Leandro, 2009). Sendo assim, o objetivo deste estudo é identificar a ocorrência de hanseníase nas principais cidades da Baixada Maranhense no período de 2013 a 2017, por meio de um estudo retrospectivo.…”

Section: Introductionunclassified

Prevalência de Hanseníase na Baixada Maranhense do Brasil

Batista

Campos

Santos

et al. 2020

RSD

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Objetivo: detectar a ocorrência de hanseníase nas principais cidades da Baixada Maranhense, relacionando com os fatores demográficos e aspectos clínicos. Método: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e analítico de dados contidos na ficha de notificação/investigação do Sistema Nacional de Informações de Agravo de Notificação (SINAN) e no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) dos casos novos de hanseníase. Resultados: A prevalência foi maior no sexo masculino e na faixa etária acima de 15 anos, com escolaridade até o ensino fundamental e cor parda. Com relação às características clínicas, a classificação operacional multibacilar foi a mais prevalente. O município de Pinheiro apresentou o maior número de casos prevalentes nos últimos 5 anos, com 198 (46,5%), seguido de Viana, com 92 (21,6%). No ano de 2013 houve uma prevalência de 78 (18,3%) casos, entretanto em 2014 obteve-se o maior número de casos prevalentes, com 99 (23,2%), no ano de 2015 foram 90 (21,1%), em 2016 registrou-se 93 (21,8%) casos e em 2017 obteve-se a sua menor prevalência, com 66 (15,5%) casos por ano nos municípios em estudo. Conclusão: Há uma maior ocorrência na forma operacional MB em todos os municípios nos anos de 2013 a 2017. As características predominantes na população com hanseníase deste estudo foram pessoas do sexo masculino, faixa etária acima de 15 anos, baixo nível de escolaridade e a forma dimorfa da hanseníase foi mais predominante entre as formas multibacilares. Sendo assim, são necessárias medidas que facilitem o diagnóstico precoce para impedir que a doença se propague para os casos mais avançados e não gere um comprometimento maior, quanto ao grau de incapacidade.

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“…In principle, patients were placed in the Gavião Asylum, a kind of warehouse where they were abandoned. However, it was from 1937 that these patients were referred to the Colonia AquilesLisboa Sanitary, and from then on they forgot the previous life, the relations, beginning a new stage of life without knowing if they would return to live with the family and friends12 . According to information obtained in the interview with the chief nurse W. M, on September 6, 2016, AquilesLisboa functions as a reference hospital in dermatology, focusing on Hansen's Disease, only with outpatient care, with 15 beds for cases in which there is need of hospitalization.…”

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2019

IJAERS

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The abandonment and irregularity of treatment are the main causes of the impasses in the control of Hansen's Disease, since they lead to a greater risk of transmission, creating a serious problem for pu blic health. The objective of the research was to evaluate the causes of the abandonment of Hansen's Disease treatment in the State of Maranhão. Data from the Information System and Diseases and Notification related to the disease were analyzed in a total of 33,308 cases reported in the Health Units of Maranhão from 2008 to 2014 and analysis of 60 records in a field survey in a reference hospital for Hansen's Disease in the State. The multibacillary operational classification was the predominant one, with 2 3,320 cases (77.6%), with a more frequent clinical form. Males had the highest frequency (64.4%), aged 20 to 34 years (19,357 cases). As for ethnicity, the brown breed had the highest frequency and there was preponderance of low level of education, from 1s t to 4th grade, followed by the illiterate. Of the 775 patients who initiated treatment, 60 were either absent or abandoned. The main reasons for abandonment were: side effects of medication, lack of understanding of information about the disease and identification of symptoms, prejudice, idea of religious healing, non -acceptance of the disease and embarrassment of going to health units every month. Keywords-Transmission. Hospital. Reasons.Resumo-A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa marcada pelas desigualdades sociais e tem como uma das fontes principais da disseminação da doença a hanseníase na forma clínica virchowiana. Evidencia assim um grave problema de saúde pública no Estado do Maranhão, bem como no Brasil. O Objetivo do presente estudo foi analisar o comportamento da incidência da hanseníase virchowiana a partir das notificações do SINAN do Estado do Maranhão no período de 2008 á 2013. Trata -se de estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa. O resultado deste estudo estimou a taxa de incidência da hanseníase virchowiana no estado do Maranhão de 10,3 casos por 100.000 habitantes e a taxa média incidência, 15,1por 100.000 habitantes no sexo masculino. 1% (3) dos municípios apresentam taxa média de incidênci a muito alta (20,00 a 39,99); 17% (37) apresentaram taxa media de incidência alta (10,00 a 19,99); 55% (120) apresentaram taxa media de incidência média; 15% apresentaram taxa media de incidência baixa e 12% dos municípios apresentam um silencio epidemiológico. Os resultados deste estudo são indicativos que tem como finalidade, subsidiar gestores da saúde e educação do estado dos municípios do Maranhão nos processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de controle da hanseníase, portanto , dentre as medidas a serem adotadas, está a intensificação da busca ativa de casos da hanseníase na forma clínica virchowiana, diagnóstico, vigilância de contatos, tratamento e acompanhamento dos casos até a cura com engajamento na atenção primaria a saúd e, afim de melhoria da qualidade da assistência...

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A hanseníase no Maranhão na década de 1930: rumo à Colônia do Bonfim

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