Revisitando a espanhola: a gripe pandêmica de 1918 no Rio de Janeiro

Abstract

The article analyzes the political and social impacts of the 1918 Spanish flu epidemic in the city of Rio de Janeiro, then Brazil's federal capital. Based on an analysis of Rio de Janeiro press reports and of other documentation (including annals, reports, and bulletins from a federal ministry, the Mayor's Office, and the Chamber of Deputies, along with studies from the Brazilian National Academy of Medicine and dissertations from Rio de Janeiro's Faculdade de Medicina), we explore use of the epidemic as a means of political engineering. Our focus is on how the epidemic impacted not only the representation of certain political and social actors but also the reaffirmation of a group of sanitarians as an intelligentsia with a vocation for political leadership who played a key role in the process of modernizing Brazilian society.

Gênero e enfermagem: reafirmação de papeis sociais na Seção Feminina da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (1920 - 1921)

“…Dados da época informam que, ao final da epidemia, 66% da população local havia falecido em decorrência da gripe espanhola (60) .…”

“…Elegeram-se como principais culpados Wenceslau Bras e Carlos Seidl, respectivamente, Presidente do Brasil e Diretor Geral de Saúde Pública. A capital federal entrou em colapso rapidamente, sem conseguir dar conta dos itens mais básicos como alimentos e medicação (60) .…”

“…Paulo Werneck, diretor da Higiene e Assistência Pública relatou, no Boletim da Prefeitura do Distrito Federal, a precariedade dos serviços responsáveis destacando dentre outros problemas, o péssimo estado do aparelhamento clinico, em geral. A ausência de recursos humanos também é citada neste documento, que especifica a ausência de formação técnica dos enfermeiros, "que muito deixa a desejar, (...) porque o acesso a tais cargos lhes é conferido após o tirocínio como serventes e ajudantes de chauffer" (60) . (60) .…”

“…A ausência de recursos humanos também é citada neste documento, que especifica a ausência de formação técnica dos enfermeiros, "que muito deixa a desejar, (...) porque o acesso a tais cargos lhes é conferido após o tirocínio como serventes e ajudantes de chauffer" (60) . (60) .…”

“…De fato, a situação caótica da saúde na Primeira República era reflexo da desorganização da estrutura governamental do Estado que, por questões relacionadas à própria hierarquia e fluxo interno, impedia a autonomia das instituições responsáveis, como a subordinação da Diretoria Geral de Saúde Pública ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores que, por ser um órgão jurídico, destinava menor atenção e recursos financeiros às questões da saúde (60) . (63) .…”