“…Em vez de investir em controles que permitam postular a presença de relações de causalidade entre os afazeres dos conselhos e as variáveis de desempenho de políticas públicas ou de bem-estar (outcomes), privile-gia-se como unidade de observação algo que os conselhos realmente fazem: tomar decisões (outputs). O foco nas resoluções de conselhos mediante a análise de atas tem sido uma estratégia de pesquisa adotada para o serviço de propósitos analíticos diversos: avaliação das consequências do desenho institucional, caracterização do exercício da representação, exame das relações de poder entre conselheiros e das dinâmicas internas da deliberação, e até aferição da efetividade deliberativa dos conselhos (Fuks, Perissinotto e Souza, 2004;Avritzer et al, 2005;Cunha, 2007;Pires e Tomás, 2007;Brasil et al, 2013). Vale notar, em consonância com as questões mais recentes da agenda da efetividade das IPs, iniciativas de classificação das temáticas abordadas e decisões tomadas com base em análise de atas (Cunha, 2007(Cunha, , 2009(Cunha, , 2010Menicucci, 2010;Avritzer et al, 2005).…”