Audenice Alves dos Santos Zacarias* RESUMO: o presente artigo analisa a governança eleitoral e o rompimento do domínio da mais poderosa oligarquia de Pernambuco na Primeira República. Na historiografia nacional foi solidificada a interpretação de que, entre 1889 e 1930, as oligarquias regionais eram mantidas no poder pela prática da fraude, o controle sobre o voto do eleitor e a hegemonia política dos partidos republicanos. Neste trabalho ratificamos tal percepção evidenciando a escolha do Congresso Federal em recusar a judicialização como tentativa para legitimar o ritual eleitoral. Deste modo, nem mesmo a inédita participação ativa de eleitores e marginalizados do direito do voto na eleição pernambucana de 1911, que resultou na queda da oligarquia Rosa e Silva, foi capaz de prover a reconfiguração necessária no sistema representativo do novo regime. PALAVRAS-CHAVE: Primeira República; Oligarquia; Pernambuco.