“…Identificou-se baixa escolaridade, restrita ao Ensino Fundamental I. Em relação às mulheres, os homens utilizam mais frequentemente os equipamentos de proteção individual adequadamente, porém este dado pode ser relacionado à predominância masculina no setor(SILVERIO et al, 2020).Estudo elaborado com trabalhadores rurais do município de Cerro Largo, entre 2016 e 2017, majoritariamente do sexo masculino e com menos de nove anos de estudo, afirmaram ter recebido treinamento para manejo de agrotóxicos, os mesmos reconheceram a importância do treinamento, no entanto 50,4% dos trabalhadores indicaram a existência de dúvidas relacionadas ao uso seguro de agrotóxicos. Os sintomas de intoxicação agudam apresentados pelos participantes da pesquisa foram dor de cabeça, falta de ar, tontura, náusea e vômito, fraqueza, vermelhidão nos olhos, dor muscular e irritações na pele com prurido(RISTOW et al, 2020).A sintomatologia das intoxicações agudas por agrotoxicos relacionadas ao manuseio de pesticidas apresenta uma extensa variabilidade. No entanto, as principais queixas relatadas por trabalhadores rurais dizem respeito à irritação nos olhos, dores de cabeça, dor nas articulações, dores musculares, sendo comuns, também, sintomas como vômito, nauseas e vertigem, além de coceira e febre(VARONA et al, 2016; DALBÓ et al, 2017; AQUINO; MEDINA, 2019).A exposição prolongada aos agroquímicos, como nas intoxicações crônicas podem apresentar relação com o surgimento de alguns tipos de câncer, bem como de doenças neurológicas, hepáticas, renais, respiratórias, imunológicas e endócrinas, assim como também, alterações mutagênicas, teratogênicas e genotóxicas(MURAKAM et al, 2017).De acordo com os dados registrados pelo SINITOX, a maioria dos casos de intoxicação ocorreu em circunstâncias acidentais, representando 46,4% dos casos.…”