A humanização na perspectiva dos trabalhadores de enfermagem

Abstract

Este estudo objetivou identificar a percepção dos trabalhadores de enfermagem quanto à humanização da assistência em hospital universitário. Foi realizada uma pesquisa exploratório-descritiva que envolveu uma amostra de 120 trabalhadores. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário. Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva e os qualitativos através das etapas operacionais da pré-análise, exploração do material e interpretação dos resultados. O grupo foi composto predominantemente por auxiliares de enfermagem (46,7%), do sexo feminino (87,5%), com idade média de 39,8 anos e que trabalham na instituição, em média, há 9 anos. Consideram a instituição boa (69,2%) e a recomendariam para terceiros, pois referem prestar cuidado humanizado (92,2%) e voltado à integralidade (65,2%), apesar de 65,8% dos trabalhadores de enfermagem referirem vontade de reclamar e de 63,6% ter presenciado situações em que o usuário foi mal atendido mais de duas vezes.

Administração de recursos humanos em saúde e humanização: o viés hermenêutico

“…Dentre os estudos que se aproximam da discussão do viés aqui enfocado, encontram-se os que ou se referem a uma categoria profissional específica, discutindo-a sob o 13,14 ponto de vista de profissionais de enfermagem ; ou analisam criticamente a noção de qualidade de vida no trabalho (QVT), considerando as contribuições do campo 15 da saúde do trabalhador ; ou ainda, a discutem levando em conta a categoria de profissionais de saúde, mas dentro de um contexto específico (Centro de Referência e Treinamento -CRT/Aids), centrando a pesquisa nos fatores 16 psicossociais do trabalho (FPST) , que não são menos importantes. Portanto, a discussão sobre humanização ainda se faz a certa distância do viés de quem produz o cuidado em saúde, pelo menos no que se refere à articulação entre gestão e trabalho.…”

Ensino do cuidado humanizado: evolução e tendências da produção científica

“…Esse aspecto é também destacado nas diretrizes curriculares para os cursos de graduação em enfermagem que tem balizado as reformas dos currículos em todo o país (10,13) . A compreensão e a implementação dessas novas diretrizes pelas instituições formadoras podem garantir a formação de profissionais mais comprometidos com a qualidade do cuidado integral, bem como devem contribuir com o desenvolvimento de profissionais dos serviços, que também carecem compreender e desenvolver habilidades para uma atitude humanista (1,2,8,(10)(11)(12)(17)(18)(19) . Desta forma, as experiências dos alunos nas situações de aprendizado e sua convivência com os docentes possuem um papel de fundamental importância de como os comportamentos de cuidado humanizado serão transmitidos.…”

A experiência de ser acompanhante de paciente cirúrgico oncológico em unidade de internação terciária

“…Ao idoso internado é assegurado por lei, o direito a acompanhante, devendo a instituição de saúde proporcionar condições adequadas para a sua permanência em tempo integral. Assim, o enfermeiro, bem como os demais profissionais da equipe multidisciplinar, necessita incluir o acompanhante no planejamento da assistência ao paciente cirúrgico oncológico e buscar estratégias para que este participe no cenário de atendimento hospitalar terciário (BRASIL, 2003;PENA, DIOGO, 2005;BECK et al, 2007;BOCHI et al, 2007;BRASIL, 2011c;MCCARTHY, 2011;PEREIRA, SILVA, 2012; O acompanhante constitui o representante da rede social da pessoa internada, que a acompanha durante toda a sua permanência, nos ambientes de assistência à saúde (BRASIL, 2007).…”

“…Por sua vez, a instituição hospitalar, os profissionais da saúde e da equipe de enfermagem necessitam buscar novas estratégias para que o acompanhante possa se tornar um elo entre os profissionais da saúde, a equipe de enfermagem, a família e o paciente, melhorando a qualidade do relacionamento no contexto terciário e, consequentemente, podendo contribuir na melhoria da assistência à saúde do paciente hospitalizado e sua família (GAUDERER, 1998;PENA, DIOGO, 2005;BECK et al, 2007;BOCHI et al, 2007;SCHUMACHER et al, 2008;GRINYER, 2009;HACIALIOGLU et al, 2010;BRASIL, 2011c).…”

“…No entanto, são necessárias discussões a respeito de como ampliar as possibilidades de ação deste ator na recuperação da saúde do sujeito internado (SANCHES et al, 2013 Além disso, o período de internação torna-se um espaço útil e adequado para a educação em saúde do acompanhante sobre os cuidados no domicílio, após a alta hospitalar, o que assegurará a continuidade do tratamento e dará maior segurança, com vistas à prevenção de complicações pós-operatórias (COTRIM, PEREIRA, 2008;SCHUMACHER et al, 2008;FIGUEIREDO et al, 2011;MCCARTHY, 2011;SANCHES et al, 2013 BARICHELLO, ZAGO, 2002;SANTOS JR, 2003;BECK et al, 2007;FIGUEIREDO et al, 2011;SJÖVALL et al, 2011;SANCHES et al, 2013 FIGUEIREDO et al, 2011;SJÖVALL et al, 2011). (KLEINMAN, 1980;GEERTZ, 1989;VALLA, 2000;OLIVEIRA, 2002;AYRES, 2009;CAMARGO JR., 2009;MATTOS, 2009;LANGDON, WIIK, 2010 …”