2012
DOI: 10.1590/s0104-026x2012000100009
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Abstract: A concepção de identidade pós-estruturalista, em uma perspectiva etnometodológica, trouxe profundas mudanças na maneira como se estabelecem as relações entre gênero e linguagem. Gênero passa a ser entendido como uma construção social que precisa ser (re)negociada a cada nova interação e, por não existir fora do discurso, não tem um status fixo e estável. Para entender como as identidades de gênero são interacionalmente negociadas, e aqui especificamente os aspectos relacionados à maternidade, apresento a impor… Show more

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“…Esse pensamento é correspondente ao presente na literatura em referir-se à expectativa de que mulheres sejam cooperativas, doces, maternais e sensíveis às necessidades dos outros (SHAFFER; KIPP, 2012). É esperado que mulheres cuidem da casa e gerem filhos, pois essa seria a razão de sua existência (SELL, 2012).…”
Section: Resultado E Discussãounclassified
“…Esse pensamento é correspondente ao presente na literatura em referir-se à expectativa de que mulheres sejam cooperativas, doces, maternais e sensíveis às necessidades dos outros (SHAFFER; KIPP, 2012). É esperado que mulheres cuidem da casa e gerem filhos, pois essa seria a razão de sua existência (SELL, 2012).…”
Section: Resultado E Discussãounclassified
“…A maioria era resumo de artigos em português ou em outras línguas, alguns repetidos em relação às buscas anteriores. Assim, os artigos de Joana Plaza Pinto e Suzana Badan (2012), Mariléia Sell (2012) e Sell e Ostermann (2009) atendiam aos critérios. O mesmo ocorreu para os termos gênero e linguagem, resultando em treze artigos, dos quais apenas não aparecia em buscas anteriores e continha as duas palavras-chave.…”
Section: Metodologiaunclassified
“…Ao longo desta pesquisa, percebemos que, ainda que todos os artigos discutam gênero e linguagem, são poucos os artigos que abordam explicitamente a relevância do gênero para os estudos da linguagem, ou seja, a maioria dos artigos simplesmente assume como óbvia a relevância da categoria gênero para suas análises. Por exemplo, para Sell (2012), quando se assume "a linguagem como prática corporeificada, não se pode mais conceber as identidades de gênero como existentes fora do discurso" (SELL, 2012, p. 155). Estudar a linguagem pelo viés de gênero se justifica, portanto, por não ser possível construir identidades de gênero em outro enquadramento que não a linguagem; não há necessidade de argumentar sobre a importância de que gênero entre na equação teórico-analítica.…”
Section: A Relevância Do Gênero Para a Linguística Feministaunclassified
“…Essa lenta produção histórica resultou em uma responsabilização das mulheres pela reprodução e pelo próprio ciclo de vida: a contracepção, a gravidez, o parto, a amamentação, os cuidados com a criança, com o jovem, e com a boa saúde familiar (Lucila SCAVONE, 2003;Patty DOUGLAS, 2014). Esse dispositivo silencia a ambivalência das diversas experiências de maternidades, suas regulações e negociações necessárias e as múltiplas interpretações para a vida das mulheres que a vivem (Mariléia SELL, 2012).…”
Section: As Mulheres E As Maternidades Possíveisunclassified