Ações afirmativas no sistema educacional: trajetórias de jovens negras da universidade de Brasília

Abstract

No momento de eleger pontos de apoio para direcionar o olhar sobre a situação educacional da população negra no Brasil, 120 anos após a abolição da escravatura, alguns estudos e pesquisas chamam a atenção pela renovação que estão trazendo ao debate. Sem desmerecer as inesgotáveis análises de natureza quantitativa ou fundamenta-

Closing the Gap: Affirmative Action and College Adjustment in Brazilian Undergraduate Universities

“…In accordance with these findings, no differences between quota and nonquota students were observed regarding indicators of college adjustment in this study; however, in two other studies with Brazilian samples, quota students reported lower scores on interpersonal adjustment than their nonquota peers (P. Santos, 2013;Sousa et al, 2013). This could be due to quota students' difficulties in establishing friendships and seeking help to solve academic problems, or perceptions of classmates' and even professors' prejudices against them (Moehlecke, 2002), because they are already seen as unqualified (Aberson, 2007;Menin et al, 2008), which may make them feel guilty about being applicants who filled a quota rather than earning their place (Weller & Silveira, 2008).…”

An Overview of Affirmative Action Policies in Public Federal Universities in Southeast Brazil

“…In the academic field, since the promotion of affirmative actions in the Brazilian context, many papers have discussed issues related to justice, fairness and validity of those policies in the university context (BRITO FILHO, 2013; CAMPOS; FERES JR.; DAFLON, 2013;CARVALHO, 2003;CAMPOS, 2013;SCHWARTZMAN, 2008;SEIFFERT;HAGE, 2008;SKOVSMOSE, 2019). Others focused on comparisons between the performance of affirmative action students and other students (CAVALCANTI, 2015; MATTOS; MACEDO; MATTOS, 2013; MENDES JR., 2014; QUEIROZ; SANTOS, 2010), students' academic and social experiences (BROSTOLIN;CRUZ, 2010;DAL'BÓ, 2011;POWELL, 2016;WELLER;SILVEIRA, 2008), and questions related to stereotyping, social representation, coexistence and perspectives of society regarding the use of affirmative policies (ANHAIA, 2013; CICALO, 2012; LIMA; NEVES; SILVA, 2014; SILVA; SILVA, 2012).…”

A Primeira da Família: vivências de mulheres negras da Universidade Federal da Bahia

“…Jessica Bruno e Cláudio Nascimento (2018), em um estudo sobre decolonização do conhecimento universitário, discorrem sobre a construção epistemológica nas universidades no Brasil e como a ausência de debate de cunho racializado culminou na sustentação de um discurso que nega o racismo no país. Estudos anteriores (PASSOS, 2015;WELLER;SILVEIRA, 2008), que trazem vivências de estudantes negras nas universidades, expõem como o racismo e o sexismo interferem em suas dinâmicas de vida: professores/as que negam a existência do racismo no Brasil e que subestimam movimentos sociais; projetos pedagógicos que não abarcam de maneira crítica questões de raça, classe e gênero; o desafio socioeconômico de permanência no espaço universitário; e ainda, o racismo institucional e exclusão por parte dos colegas. As autoras apontam que a perversidade do racismo e do sexismo pode gerar medo, dúvidas, sentimentos de não pertencimento ao espaço universitário, inferioridade e solidão, demonstrando como as desigualdades persistem na universidade e como essas manifestações na vida das estudantes podem interferir em suas saúdes mentais.…”