2008
DOI: 10.1590/s0104-026x2008000200019
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Aborto na Suprema Corte: o caso da anencefalia no Brasil

Abstract: Este artigo analisa o desafio jurídico e ético imposto pela anencefalia ao debate sobre direitos reprodutivos no Brasil. O fio condutor da análise é a ação de anencefalia apresentada ao Supremo Tribunal Federal em 2004. O artigo demonstra como o debate sobre o aborto provoca os fundamentos constitucionais da laicidade do Estado brasileiro e expõe a fragilidade da razão pública em temas de direitos reprodutivos, em especial sobre o aborto.

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“…Brazil is the fourth country in the world in number of deliveries of fetuses with anencephaly (DINIZ; VELEZ, 2008). There is no treatment or cure and, in more than half of the cases, the fetuses do not resist the pregnancy and the few who come to term have a short period of survival.…”
Section: Adpf 54 Abortion Of Anencephalics and Disputing Campsmentioning
confidence: 99%
“…Brazil is the fourth country in the world in number of deliveries of fetuses with anencephaly (DINIZ; VELEZ, 2008). There is no treatment or cure and, in more than half of the cases, the fetuses do not resist the pregnancy and the few who come to term have a short period of survival.…”
Section: Adpf 54 Abortion Of Anencephalics and Disputing Campsmentioning
confidence: 99%
“…Vale lembrar que, no final dos anos 80, os métodos habituais utilizados pelas mulheres para realizarem um aborto come-çaram a ser gradativamente substituídos (mas, também, incorporados) por essa substância (Regina BARBOSA e ARILHA, 1993;Lucila SCAVONE, 1999; DINIZ e Ana Cristina Gonzalez VELEZ, 2008;BRASIL, 2009). Esse medicamento é utilizado como prevenção de úlceras gástricas, e foi comercializado normalmente entre os anos de 1986 e 1991.…”
Section: Metodologiaunclassified
“…Porém, é necessário salientar que "quando o aborto se aproxima do tráfico" (DINIZ e Alberto MADEIRO, 2012MADEIRO, , p. 1797MADEIRO, -1798, as mulheres se tornam reféns não somente de produtos adulterados, sendo obrigadas, também, a conviverem com o receio da denúncia caso procurem o auxílio médico em decorrência disso, o que aumenta o risco de infecções e outras complicações no procedimento abortivo, levando-as, inclusive, à morte. Não obstante, além dessas razões, que já não são poucas, Diniz (2012) observa que os intermediários -podendo ser o balconista da farmácia, um sujeito que vive na comunidade e que é conhecido popularmente como o "vendedor de remédio" 11 -são figuras de grande pressão psicológica sobre as mulheres, que, muitas vezes, agem de maneira a desestimulá-las a procurar os serviços de saúde em situações de emergência.…”
Section: Metodologiaunclassified
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“…Para ilustrar a morosidade de nossa sociedade no avanço sobre a aceitação dos direitos sexuais e reprodutivos, a homossexualidade foi vista até muito recentemente pela Psicologia brasileira como doença ou desajustamento. Há apenas pouco mais de dez anos, o Conselho Federal de apontando, sem consenso, diferentes implicações da descriminalização do aborto e da concessão deste direito em circunstâncias específicas, como a gestação de feto anencéfalo (veja Diniz & Vélez, 2008). Psicologia -CFP (Conselho Federal de Psicologia, 1999) lançou uma resolução impedindo qualquer participação do psicólogo em ações "curativas" da homossexualidade, no intuito de eliminar práticas profissionais regidas pela concepção da homossexualidade como antinatural e patológica.…”
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