Os estudos petrográficos, geoquímicos e isotópicos realizados em cavernas hospedadas em formações ferríferas bandadas do corpo S11D, Serra Sul, foram fundamentais para entender o processo de formação das cavernas e a sua relação com a gênese do minério de ferro. As rochas coletadas encontram-se em diferentes estágios de alteração intempérica: jaspilito não alterado, jaspilito alterado e minério de ferro, estabelecendo, assim, um perfil de intemperismo. Da base para o topo, foi observada brusca diminuição no teor de SiO2 e aumento relativo no teor de Fe2O3T. As análises isotópicas Pb-Pb apontam valores homogêneos, com assinatura isotópica semelhante às rochas da crosta superior. Os valores obtidos sugerem rochas pouco radiogênicas quando comparadas com as assinaturas isotópicas Pb-Pb dos depósitos de Cu-Au de Carajás. Não foram identificadas mudanças isotópicas que indicassem eventos metamórficos, reativações tectônicas ou percolação de fluidos hidrotermais que perturbassem o geocronômetro Pb-Pb. Tais evidências sugerem que a formação das cavernas e do minério de ferro está relacionada apenas aos processos supergênicos, associados ao desenvolvimento de um perfil de intemperismo.