O objetivo deste artigo foi apresentar a velhice na sua perspectiva imaginal, proporcionando uma reflexão crítica desse importante processo psicológico a partir da compreensão da psicologia arquetípica, proposta pelo pós-junguiano James Hillman. Para tanto, este estudo teve como arcabouço central o arquétipo do senex, apresentado nas suas características positivas, ligadas à sabedoria, e negativas, como a rigidez, e na sua relação complementar com o arquétipo do puer e suas expressões nas pessoas idosas. No desenvolvimento do trabalho, mostrou-se necessário descrever o imaginário, uma vez que nele reside a reflexão e o acolhimento do velho que habita dentro de cada sujeito. Nesse sentido, concluiu-se ser fundamental a abertura para vivenciar os arquétipos do puer e senex, independentemente da idade, pois se trata de um movimento de abertura para a pluralidade psíquica existente nos indivíduos, evitando projeções e medos desmedidos sobre o curso de vida na velhice, situações que podem se configurar preconceitos identificados como idadismo.