Profi ssionais das instituições de acolhimento vêm encontrando sérias difi culdades para promover a reinserção familiar das crianças e adolescentes, contribuindo para um prolongado tempo de institucionalização, que pode trazer inúmeras consequências negativas para o desenvolvimento saudável destas. Este estudo investigou a visão dos integrantes das equipes técnicas de seis instituições de acolhimento de um município do Espírito Santo acerca do processo de reinserção familiar de crianças e adolescentes. Foram realizados dois grupos focais, com a participação de 12 técnicos. Também foi utilizada a técnica da inserção ecológica e os dados foram registrados em Diário de Campo. Os resultados indicam credibilidade e envolvimento dos técnicos nos processos de reinserção familiar, apesar das difi culdades por eles destacadas: a não adesão das famílias aos programas de apoio familiar, a incompreensão de alguns componentes da rede sobre a família extensa, a falta de recursos fi nanceiros das famílias e a valorização da instituição, por parte dos pais, como local ideal para seus fi lhos permanecerem. Superar a visão de família nuclear, promover articulação com a rede sócio assistencial e jurídica e aplicar o princípio da brevidade são os grandes desafi os que as equipes técnicas devem vencer para promover com mais efi ciência a reinserção familiar.