Aplicação de retalho cutâneo no tratamento cirúrgico do hemangiopericitoma canino

Abstract

O hemangiopericitoma canino é uma neoplasia cutânea relativamente comum, que surge principalmente nos membros. As formas de terapia mais indicadas são a amputação; ressecção local e radioterapia, sendo freqüente a ocorrência de recidivas (GOLDSCHIMIDT & SHOFER, 1992). Os registros de seis cães atendidos no Serviço de Técnica Cirúrgica do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo foram revisados no período de julho de 1994 a julho de 1996. Foram avaliados os dados referentes à formação cutânea, técnica de retalho cutâneo utilizada, e evolução pós-operatória dos animais. Os cães pertenciam a diferentes raças, sendo três machos e três fêmeas com idade média de 9 anos. Em cinco cães, as massas neoplásicas surgiram nos membros e, em um cão, na região perineal. As técnicas de retalhos cutâneos utilizadas foram a H-plastia (2), retalho por avanço pediculado simples(1), retalho por transposição(2) e W-plastia(1). A cicatrização da pele levou de 10 a 15 dias com sobrevivência de 100% do retalho em cinco cães e 89% do retalho em um cão. Um dos animais veio a óbito 15 meses após a cirurgia devido a causas não relacionadas à neoplasia. Não ocorreu recidiva num intervalo que variou de 4 a 20 meses, desde a cirurgia até a presente data. A excisão cirúrgica do hemangiopericitoma canino com amplas margens de segurança, parece ser uma forma de terapia eficiente, uma vez que não ocorreram recidivas. O domínio das técnicas de retalhos cutâneos tem permitido tal procedimento, pois não há o receio de não se conseguir reconstruir os tecidos locais. A recuperação dos animais é mais rápida e o custo é menor em relação às outras formas de terapia.

Clinical Evaluation of Random Skin Flaps Based on the Subdermal Plexus Secured with Sutures or Sutures and Cyanoacrylate Adhesive for Reconstructive Surgery in Dogs

“…We had a mean survival of 85% for subdermal plexus flaps compared with 96–100% reported for axial pattern flaps, 7–10 and >50% mean survival rate previously reported for subdermal plexus flaps 7,8 . Previously we reported a mean survival of 89% for random flaps, 12 and suggested their use in multiple situations instead of axial pattern flaps because it avoided complications associated with axial pattern flaps.…”

“…We report our experience with random flaps based on the subdermal plexus flaps for covering limb wound defects after surgical excision of neoplastic lesions and the use of cyanoacrylate adhesives for skin apposition. Random flaps based on subdermal plexus flaps were relatively simple to develop and were easily adapted to many wound types in general practice 2,12 . Flap style was based on the shape, size, and location of the defect, and the pliability of the donor skin 1,5 .…”

“…Survival of axial pattern flaps is reportedly 96–100%, 7–10 with a mean survival length 50% greater than subdermal plexus flaps 7,11 . Others 12,13 report survival rates of 89–100% for transposition and advancement subdermal plexus flaps and for flaps created from elbow or flank skin‐fold. The flap must be accurately fixed to the edges of the recipient bed, with no tension, to allow revascularization and healing 4 .…”

Retalho De Avanço Para Correção De Hemangiossarcoma Em Região Peniana De Cão: Relato De Caso

“…Muitas vezes, o fechamento da ferida ocasionada pela remoção de massas neoplásicas é fator complicador da cirurgia, pois em alguns casos, há grande perda de tecido cutâneo (MATERA et al, 1998). Para solucionar esse tipo de complicação são necessárias técnicas de cirurgia reconstrutiva, como a utilização de retalhos cutâneos (COLOMBO et al, 2016).…”

Classificação morfológica, imunoistoquímica e prognóstica dos hemangiopericitomas caninos

“…Estudo por Matera (2004) (BOSTOCK,1986;DOBSON;GORMAN, 1988;GORMAN, 1996).As raças mais acometidas variam de acordo com a popularidade delas nos diversos países, embora os cães das raças Boxer estejam sempre bem representados nos diferentes levantamentos (MORIELO; ROSENTHAL,1990). Animais adultos (6-14anos) são mais susceptíveis com exceção neoplasias que afetam cães jovens como papilomavírus e histiocitoma.Equivalem as incidências entre machos e fêmeas (CONDROY, 1983; principalmente se for desconsiderar os tumores de mama nas fêmeas e os de glândula hepatóide nos machos.…”