Implante de placa de silicone na substituição parcial da parede traqueal em caninos

Abstract

Foram operados seis cães, SRD, no intuito de testar a viabilidade do uso de placa de silicone em casos de perda parcial da parede traqueal. Esses animais, submetidos a anestesia volátil, sofreram remoção de um terço da circunferência de três anéis traqueais a nível da região cervical média. No local dessa abertura foi implantada uma placa de silicone com dimensões compatíveis à mesma, fixada a cartilagem traqueal circunvizinha. Os cães foram observados num período de trinta dias, ao final do qual foram realizadas as necropsias com avaliação macro e microscópica do local do implante. Foi detectada a substituição do tecido removido, assim como a sua epitelização.

Implante de segmento de silicone no subcutâneo de cães

“…O silicone vulcanizado foi introduzido como material ideal para substituto de tecidos moles (Brown et al, 1953). Foi utilizado em subcutâneo de animais por oito meses, não tendo sido observado inflamação ou tumor (Conway e Goulian, 1963). Quando incluso no subcutâneo da aurícula e face, revelou uma cápsula fina no tecido circunvizinho, com ausência de linfócitos, leucócitos polimorfonucleares, macrófagos ou células gigantes.…”

“…Foi verificado por Cheng et al (1969) e Dumon (1989) que a prótese de "silastic", quando aplicada na traquéia, induz a exacerbação de tecido de granulação. Já Contesini et al (1995) observaram que o silicone "silastic", quando substitui parte da parede traqueal, não induz ao crescimento exacerbado de tecido de granulação. Segundo Stimpson et al (1989), a aplicação do silicone polidimetilsiloxano em anastomoses vasculares em cães, não promove complicações como embolias, trombose, hematomas e aneurismas.…”