Trata-se de estudo transversal, descritivo e qualitativa realizado em 2016 no interior de Minas Gerais, com o objetivo de analisar a compreensão de trabalhadores da atenção psicossocial acerca dos direitos humanos no cotidiano dos serviços. Utilizou-se questionários e grupo focal audiogravado, e nos dados foram interpretados pela análise temática. Participaram quinze trabalhadores, sendo dois médicos, quatro assistentes sociais, cinco psicólogas, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, uma farmacêutica e uma nutricionista. Duas categorias foram construídas: Violação de direitos humanos; e, Atenção humanizada. Como violações citou-se: problemas no atendimento às urgências como violência física, contenções inadequadas; falta de acessibilidade aos serviços e aos direitos sócio assistenciais, preconceitos e estigmas. A atenção humanizada foi compreendida como abordagem ampliada da saúde e das necessidades dos usuários, autonomia, atividades de inserção comunitária, ampliação dos dispositivos de cuidado e trabalho em equipe. Embora revele avanços na efetivação do modelo de atenção psicossocial sinalizou-se a urgência de iniciativas voltadas à defesa de direitos humanos.