Percepções e experiências dos homens sobre o planejamento familiar no sul de Moçambique

Participação masculina no planejamento familiar: revisão integrativa da literatura

“…Conhecimento bom (e/ou aprovação) e envolvimento alto 16,17,19,21,22,26,27 7 Conhecimento bom (e/ou aprovação), entretanto baixo envolvimento 23-25,28 4 Pouco conhecimento, entretanto envolvimento alto 29 1…”

“…Conversar com a parceira sobre PF 17,19,21,23-26,28,29 9 Cuidar da saúde reprodutiva 17,22,27,29 4 Decidir sobre o número de filhos e o espaçamento entre eles 16,17,19,20,22-30 13 Participar/acompanhar a parceira em consultas de PF 18,24,28 3 Pensar no bem-estar da família e na educação dos filhos 19,21,23,27-30 7 Pensar nos riscos de uma gestação para a mãe e para o bebê 17,23,24,26 4 Preocupar-se com a saúde reprodutiva feminina 19,24,26,28,29 Discussão Constatou-se que parte dos homens pesquisados, quando não os próprios pesquisadores, restringe as relações masculinas no PF ao conhecimento e ao uso de métodos contraceptivos. Assim, percebe-se que nos estudos, apesar de comportamentos positivos, nem sempre o envolvimento masculino se dá em mais de uma dimensão do PF, refletindo talvez "a crença de que o responsável final pela prevenção da gravidez é a mulher" 17 (p. 477) (g) .…”

“…Positivamente, um dos estudos apontou que "homens que aprovam o planejamento familiar têm cinco vezes mais chances de adotar um comportamento de controle de fertilidade do que aqueles que não o aprovam" 19 (p. 214) (i) , resultado semelhante ao de Kassa et al 25 . Se em algumas localidades é percebida a falta de conhecimento de PF e baixo engajamento masculino, em outras o pouco conhecimento se reflete de forma contrária, ou seja, no exercício arbitrário de decisões sobre adotar ou não o PF, decidir o número de filhos e quando tê-los 29 . Em síntese, a participação deles no PF é limitada, mas são percebidos o aumento do conhecimento de PF e as mudanças de atitude, embora lentamente, em direção a maior envolvimento.…”

“…Se, por um lado, verifica-se certa visão apequenada em relação ao papel masculino no PF, reduzindo-o ao uso de métodos contraceptivos [16][17][18][19][20][21][22][23][24][25][26][28][29][30] , observam-se alguns indicativos da atual participação deles ou de possíveis atividades nas quais poderiam se envolver. Positivamente, muitos homens parecem reconhecer que decidir sobre o número de filhos a serem gerados e o espaçamento entre eles é uma atividade de PF 16,17,19,20,[22][23][24][25][26][27][28][29][30] , mesmo que nem todos concordem com a limitação da prole 17,19,20,25,[27][28][29][30] . Negativamente, chama a atenção que pensar, como parte do PF, nos riscos para a mãe e para o bebê de uma possível gestação apareça apenas em quatro estudos 17,23,24,26 .…”

Condições de vida de mulheres quilombolas e o alcance da autonomia reprodutiva

“…16 This influence was also identified in a study of men in southern Mozambique on perceptions and experiences in reproductive planning. 17 A study on vulnerability to HIV/AIDS in the Brazilian context and inequities of gender, race and generation has shown that dialogue on condom use and the prevention of sexually transmitted infections, although difficult among girls and single women, is even worse among married women, which presupposes a lack of trust in their partner or even some suspicion about their own fidelity. 18 A systematic review study presents reproductive coercion as a phenomenon that disproportionately affects intimate partner women, women of lower socioeconomic status, single women, and African American and multiracial women.…”