Como nossos pais? Gerações, sexualidade masculina e autocuidado

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo analisar a relação entre os sentidos atribuídos por homens, de dois intervalos geracionais diferentes, à sexualidade masculina e ao cuidar de si. Buscou-se identificar se houve mudança no posicionamento desses homens em relação aos cuidados em saúde e se esta mudança é influenciada por aspectos geracionais. O estudo ancora-se nos marcos conceituais teóricos: geração e roteiro sexual. O desenho metodológico é de análise de narrativas. As fontes analisadas são parte do acervo de duas pesquisas realizadas na cidade do Rio de Janeiro com homens com ensino superior e universitários, que tiveram iniciação sexual nos anos 1970 e 1990, respectivamente. Os resultados mostram que os homens estudados se acham confrontados com a inadequação da construção social do masculino e as novas demandas femininas, buscando um novo modelo. Observaram-se permanências e rupturas de padrões hegemônicos da masculinidade, o que está relacionado com a forma como o homem cuida de si.

Distúrbios musculoesqueléticos em extremidades superiores distais entre homens e mulheres: resultados de estudo na indústria

“…Women would also have a greater predisposition to assign somatic sensations to physical diseases, as well as to report symptoms and health problems presented by them, as they would face less social constraints than men when assuming a sick and/or of health care behavior. All these factors might contribute to the higher prevalence of musculoskeletal pain among women 4,9,10,17,20,28,[49][50][51] .…”

Saúde do homem e masculinidades na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: uma revisão bibliográfica

“…Although it may be consensual among youth that the responsibility for preventing STDs/AIDS belongs to both parties, in practice this does not occur, and remains the responsibility of women, as they themselves admit. The exclusively feminine attributes of self-care, including prevention and bodily care, as shown in a recent study by Cunha et al (2012), continue to be very much present.…”

“…Other surveys (Cunha et al, 2012) indicate important changes in the public and private spheres attributed to gender since the 1970s, currently establishing new constructions of identity which value autonomy and equality in affective relationships, in social construction of the masculine and the feminine, in ideas, as well as in the dialog about sexuality. Nevertheless, these changes do not yet seem to be assimilated by health services, due to the strictly biological manner in which they treat sexuality and reproduction.…”

Masculinidades e sofrimento mental: do cuidado singular ao enfrentamento do machismo?

“…Porém, há que se destacar trabalhos que, embora não tenham explorado de forma específica as formas de busca por cuidado por parte de homens no contexto do sofrimento mental, exploraram a temática da busca por cuidado de forma mais ampla, permitindo, em alguma medida, o diálogo com os achados desta revisão. Cunha et al 28 , por exemplo, mostraram que os homens estudados consideravam a prevenção e os cuidados do corpo como as principais formas de se cuidar; porém, reconhecem que o hábito do autocuidado ainda não foi incorporado à cultura masculino. Figueiredo 29 , por outro lado, destaca que embora de fato exista a ideia de que a baixa presença de homens em serviços de cuidado primário seja associada à desvalorização do autocuidado por essa população, os homens tendem a preferir usar outros serviços como, por exemplo, pronto-socorros ou farmácias.…”