2012
DOI: 10.1590/s0103-73312012000400007
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Doença mental e periculosidade criminal na psiquiatria contemporânea: estratégias discursivas e modelos etiológicos

Abstract: O artigo analisa algumas dimensões socioculturais do campo semântico e dos modos de estruturação dos discursos da psiquiatria forense em torno da periculosidade criminal e de suas conexões com a saúde mental. A partir dos resultados de uma pesquisa baseada na análise de conteúdo de uma amostra de manuais e livros de psiquiatria forense, examinaram-se alguns significados e formas de enunciação da noção de periculosidade criminal, bem como as principais estratégias interpretativas que organizam os modelos etioló… Show more

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“…Em função disso e da ausência de discussões sólidas em torno da questão, o estigma tem se perpetuado 24,25 . Destarte, a cultura do medo, gerada diante de indivíduos em sofrimento psíquico e seu estereótipo, fundado há décadas como um ícone vivaz de violência, apontam para uma das maiores problemáticas no que tange à reinserção destes no seio da família e em seus territórios de vida, pois, apesar de estudos incitarem que a doença mental não constitui uma predisposição à prática criminal 24,25,26 , a soma desses fatos acaba potencializando a dificuldade de inclusão desses sujeitos, tornando-os alvos permanentes de rejeição social. A ausência de narrativas sobre suas histórias de vida para além do adoecimento mental ou possíveis fatores que o justifiquem, demonstram a escassez de recursos técnicos contemporâneos em saúde mental que ultrapassem a hegemonia do diagnóstico 26 .…”
Section: Resultados E Discussõesunclassified
“…Em função disso e da ausência de discussões sólidas em torno da questão, o estigma tem se perpetuado 24,25 . Destarte, a cultura do medo, gerada diante de indivíduos em sofrimento psíquico e seu estereótipo, fundado há décadas como um ícone vivaz de violência, apontam para uma das maiores problemáticas no que tange à reinserção destes no seio da família e em seus territórios de vida, pois, apesar de estudos incitarem que a doença mental não constitui uma predisposição à prática criminal 24,25,26 , a soma desses fatos acaba potencializando a dificuldade de inclusão desses sujeitos, tornando-os alvos permanentes de rejeição social. A ausência de narrativas sobre suas histórias de vida para além do adoecimento mental ou possíveis fatores que o justifiquem, demonstram a escassez de recursos técnicos contemporâneos em saúde mental que ultrapassem a hegemonia do diagnóstico 26 .…”
Section: Resultados E Discussõesunclassified
“…The lack of empathy and the predatory and parasitic behavior of psychopaths are characteristics that invariably lead to criminal relapse (Morana et al, 2006). According to Hare (Mitajavila & Mathe, 2012), the psychopath's criminal behavior stems from a freely exercised choice. Coelho et al (2017) discussed the theme from a legal perspective, making a wide review of jurisprudence and literature of the topic.…”
Section: Psychiatric Diagnosismentioning
confidence: 99%
“…The role of medical knowledge is due, among other things, to the institutional confidence that modern societies place on science and technique as administration sources of fear, uncertainty, and threats. Crime exposes the fragility of the social fabric to manage behaviors that represent a deviation of the standard and, at the same time, escape the institutional social control schemes Mathes, 2012;Mitjavila, 2015). In the specific case of dangerousness, fear and uncertainty seem to lead institutions to psychiatric medicine as the main source of security.…”
Section: Final Remarksmentioning
confidence: 99%