2007
DOI: 10.1590/s0103-73312007000200002
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Desafios da reforma psiquiátrica no Brasil

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“…Tais conceitos perpassam a compreensão de clínica que contrapõe a noção reducionista de terapeutização de uma prática social e normatização do sujeito. Fazer clínica, nesse sentido, é ampliar a atuação num contexto criativo, interventivo e reflexivo, indo além das reais necessidades ou possibilidades inscritas no setting, provocando ações de rompimento com a inércia e paralisação dos sujeitos 28 . Assim, a clínica que deve orientar as ações desenvolvidas pela equipe na construção do projeto terapêutico deve fundamentar-se: na concepção de cuidado, com ênfase nas necessidades dos usuários, na aproximação e protagonismo de interlocutores, na dinâmica do território e numa atitude ética que se paute no conceito de cidadania, envolvendo o trabalho com o sujeito e seus laços sociais.…”
Section: Resultsunclassified
“…Tais conceitos perpassam a compreensão de clínica que contrapõe a noção reducionista de terapeutização de uma prática social e normatização do sujeito. Fazer clínica, nesse sentido, é ampliar a atuação num contexto criativo, interventivo e reflexivo, indo além das reais necessidades ou possibilidades inscritas no setting, provocando ações de rompimento com a inércia e paralisação dos sujeitos 28 . Assim, a clínica que deve orientar as ações desenvolvidas pela equipe na construção do projeto terapêutico deve fundamentar-se: na concepção de cuidado, com ênfase nas necessidades dos usuários, na aproximação e protagonismo de interlocutores, na dinâmica do território e numa atitude ética que se paute no conceito de cidadania, envolvendo o trabalho com o sujeito e seus laços sociais.…”
Section: Resultsunclassified
“…Reciprocamente, da perspectiva dos usuários, esta mesma objetificação do transtorno não os favorece em nada porque não lhes permite, a partir do vocabulário do médico e da equipe em geral, criar versões para sua experiência que sejam mais auspiciosas. Quando conseguem criar estas versões -seja através da adaptação do vocabulário do campo da saúde, ou lançando mão de algum outro -tais versões são pouco valorizadas pelos psiquiatras que não as considera significativas nem com sentidos relevantes, permanecendo como um desafio para o cuidado oferecido nos serviços tipo CAPS (BEZERRA, 2007;MENEZES;YASUI, 2009). Vale ressaltar, entretanto, que os CAPS apresentam-se como espaços potentes para a criação de pontes de diálogo entre as narrativas de usuários e psiquiatras e novos sentidos para o adoecer.…”
Section: Conclusãounclassified
“…Recentemente, alguns autores têm indicado que os serviços comunitários de saúde mental ainda encontram importantes obstáculos e desafios para superar o cuidado centrado no modelo biomédico e no hospital psiquiátrico (ALVERGA; DIMENSTEIN, 2006;BEZERRA, 2007;MENEZES;YASUI, 2009). A força da ideia de que a evolução dos transtornos mentais depende única e exclusivamente das variáveis relacionadas ao modelo biomédico (etiologia, diagnóstico, prognóstico, agudeza e cronicidade, entre outras) e que prescinde da atmosfera histórico-cultural e sócio-ambiental que envolve o sujeito adoecido, seu modo de ser-no-mundo, de se relacionar com os outros e de viver e compreender a própria experiência de adoecimento (LEAL; SERPA JR.; MUÑOZ, 2007), constituem alguns destes importantes obstáculos.…”
Section: Introductionunclassified
“…Recentemente, autores sublinharam que os serviços comunitários de saúde mental ainda encontram importantes obstáculos e desafios para superação do cuidado médico-centrado e hospitalocêntrico (Bezerra Jr., 2007e Menezes e Yasui, 2009). O processo de transformação da assistência psiquiátrica ainda se depara com a força da ideia de que a evolução dos transtornos mentais depende única e exclusivamente das variáveis clássicas relacionadas ao modelo biomédico (etiologia, diagnóstico, prognóstico, agudeza e cronicidade, curso da enfermidade, entre outras), com pouca ou nenhuma consideração da atmosfera histórico-cultural e socioambiental em que está inserido o sujeito, do seu modo de serno-mundo, de relacionar-se com os outros e de viver e compreender a própria experiência de adoecimento (Leal e col., 2006).…”
Section: Introductionunclassified